«Coligação do CDS/PP com Santana estava escrita nas estrelas» - TVI

«Coligação do CDS/PP com Santana estava escrita nas estrelas»

Santana Lopes e António Costa (fotomontagem)

PS nada preocupado com a decisão dos populares de concorrerem com o PSD em Lisboa. Esquerda corre separada

Relacionados
O líder da concelhia do PS de Lisboa, Miguel Coelho, disse esta quarta-feira que não é novidade e preocupante a decisão do CDS/PP iniciar conversações com o PSD para uma coligação às autárquicas na capital, refere a Lusa.

«Para nós [concelhia do PS] não foi novidade nenhuma, já estávamos à espera, já estava anunciado. Quase que diria que estava escrito nas estrelas que o CDS se iria propor para coligar com o PSD, com o doutor Santana Lopes», disse Miguel Coelho.

«Nós não estamos nada preocupados com a direita se estar a unir, a aliar. Isso para nós é natural (¿) estamos muito tranquilos e é-nos relativamente indiferente que o CDS, que aliás teve uma votação residual nas últimas eleições autárquicas, se possa ou não coligar com o PSD», referiu Miguel Coelho.

Para o líder da concelhia, a coligação entre o PSD e o CDS/PP representa o «regresso ao passado, um passado de grandes trapalhadas, grandes confusões urbanísticas e ruinoso do ponto de vista financeiro para a Câmara Municipal de Lisboa».

«Um passado em que a cidade de Lisboa perdeu competitividade e ficou colocado numa situação muito difícil», adiantou.

Questionado sobre uma eventual coligação entre os partidos de esquerda, Miguel Coelho disse que o Partido Socialista «está sempre disponível para liderar um projecto de esquerda para a cidade de Lisboa».

Contudo, adiantou: «Isso não depende só do PS. É preciso que as outras forças de esquerda tenham vontade para isso. Mas até agora, o que tenho visto são declarações em sentido contrário».

Por seu lado, o coordenador autárquico do Bloco de Esquerda considerou que decisão do CDS-PP/Lisboa de iniciar conversações com o PSD para formalizar uma coligação às autárquicas na capital transforma o partido de Paulo Portas como «muleta» do PSD Lisboa.

«Era previsível que decidissem apoiar o PSD, porque, ao contrário do que Paulo Portas afirmou no congresso do seu partido, o CDS-PP assume-se como muleta do PSD em Lisboa», disse o coordenador autárquico do Bloco de Esquerda (BE), Pedro Soares.

Pedro Soares lembrou que «o último governo de direita em Lisboa caiu antes do final do mandato e os lisboetas recordam-se bem qual é o astro negro desse governo».

Quanto a um governo de coligação à esquerda, o coordenador autárquico do BE disse que «não há qualquer declaração que vá nesse sentido» e defendeu que «o Bloco deve apresentar uma candidatura sozinho no próximo congresso».

O dirigente do PCP Carlos Chaparro considerou hoje que a decisão do CDS-PP não surpreende e serve para esconder as fragilidades dos democratas-cristãos.

«O CDS está numa situação de grande fragilidade em Lisboa, não tem nenhum vereador eleito e junta-se ao PSD para esconder essa fragilidade e poder eleger vereadores por essa via», disse Carlos Chaparro.

«O que é surpreendente é que a direita (¿) se junte em torno de um candidato que é Pedro Santana Lopes, que tantos malefícios fez à cidade de Lisboa no seu mandato», afirmou.

«Vamos apresentar as nossas próprias propostas (¿), pondo em causa a política que desde 2001 tem vindo a ser seguida em Lisboa, primeiro por Santana Lopes e depois por Carmona Rodrigues, e que nalguns traços continua com a maioria socialista, aliada a Sá Fernandes e nalguns casos à vereadora Helena Roseta», rematou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados