Segundo Ferro Rodrigues, «a debandada» dos diretores é uma consequência da «situação assustadora» nas urgências do SNS, gerada pelo «garrote» financeiro do Governo.
«Esses profissionais deram um exemplo de dignidade ao não pactuarem com a falta de condições».
Na resposta, Passos Coelho enumerou medidas do seu Executivo, como o aumento das transferências diretas para o SNS», e rejeitou qualquer «relação de causalidade» entre as «restrições financeiras» e «os problemas que estão a sentir-se».
«Que há problemas? Claro que há problemas. Mas os hospitais não estão falidos, como estavam quando cá chegámos. Faz uma certa diferença. Nunca dissemos que temos um SNS perfeito».
Na terça-feira, a TVI avançou a demissão em bloco dos diretores de serviço do Hospital Amadora-Sintra , que consideraram que a situação é «preocupante», tanto ao nível da degradação das condições de trabalho, como do serviço prestado aos doentes.
Já na quinta-feira, soube-se que o diretor clínico do Hospital Santa Maria, em Lisboa, demitiu-se apenas três meses depois de ter assumido o cargo .