Louçã usa polvo Paul para «prever» fraude do BPN - TVI

Louçã usa polvo Paul para «prever» fraude do BPN

Paul, o polvo vidente

Líder bloquista comparou banco a «polvo que leva muito dinheiro»

O líder do Bloco de Esquerda usou, na sexta-feira, a imagem do polvo Paul, popularizado pelas previsões dos jogos do Mundial2010 de futebol, para falar do caso do Banco Português de Negócios (BPN), nacionalizado em Novembro de 2008.

«Se pusessem esse polvo em cima do BPN e lhe perguntassem se o banco está falido ou se isto é uma fraude para os contribuintes, é claro que ele adivinhava de certeza, porque o polvo conhece o polvo», afirmou.

O líder bloquista falava perante uma plateia de cerca de 80 pessoas num jantar/comício em Aveiro.

Francisco Louçã comparou o BPN a «um polvo que leva muito dinheiro», referindo-se aos financiamentos que a Caixa Geral de Depósitos tem vindo a realizar no banco para assegurar as suas necessidades de tesouraria.

«Pagou-se quatro mil e duzentos milhões de euros por algo que vale 200 milhões», sublinhou, concluindo que cada casal de contribuintes em Portugal já pagou dois mil euros pelas «falcatruas financeiras» do BPN.

Respondendo ao Presidente da República, Cavaco Silva, Louçã afirmou desconhecer «de que país é que ele está a falar». «Porque eu olho para todos os lados e só vejo empresas de chapéu estendido para o Estado», sustentou.

O dirigente bloquista apontou que Cavaco Silva era quem melhor devia conhecer a situação do BPN, justificando que «foram os seus ex-ministros que geriram» este banco e que o «levaram ao fundo».

«O que hoje um Presidente da República teria de dizer é que é preciso rigor nas contas e evitar o desperdício», concluiu, defendendo que a economia «tem de se virar não para o favorecimento, mas para a criação de emprego e para as respostas sociais».
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