Deputado do PS filmado a furtar gravador a jornalistas - TVI

Deputado do PS filmado a furtar gravador a jornalistas

Ricardo Rodrigues não gostou das perguntas que estavam a ser feitas

Relacionados
O deputado do PS Ricardo Rodrigues foi filmado a furtar um gravador dos jornalistas da Sábado que o entrevistavam, no Parlamento. O deputado açoriano não gostou das perguntas que lhe estavam a ser feitas e não hesitou em levantar-se da cadeira e abandonar a sala, não sem antes levar consigo no bolso das calças o gravador onde estava a ser registada a conversa. A revista Sábado já anunciou que apresentou queixa criminal contra Ricardo Rodrigues, no DIAP de Lisboa.

Veja aqui o vídeo

A entrevista estava a ser filmada, facto que Ricardo Rodrigues não terá tido em conta. Já fora do Parlamento, quando confrontado pelos jornalistas, o deputado recusou-se a devolver o gravador, segundo relata a revista.

No vídeo é possível ver o deputado incomodado com as perguntas sobre a sua ligação, como advogado, sócio e procurador, com Débora Raposo, condenada em 2008 por burla e falsificação de documentos, num caso que defraudou em vários milhões de euros a Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo, nos Açores. E em que ele próprio chegou a ser arguido, mas não acusado.

Alguns momentos depois o deputado deu uma conferência de imprensa no Parlamento onde revelou que interpôs uma providência cautelar contra a revista e que o gravador está junto a esse processo. Em sua defesa, o deputado considerou que as perguntas a que foi sujeito foram proferidas no tom «inquisitório», sobre «falsas premissas».

Ricardo Rodrigues disse ainda que «irreflectidamente» tomou posse de dois gravadores de jornalistas da revista «Sábado» por ter sido sujeito por estes «a violência psicológica» durante uma entrevista.

«Porque a pressão exercida sobre mim constituiu uma violência psicológica insuportável, porque não vislumbrei outra alternativa para preservar o meu nome, exerci acção directa e, irreflectidamente, tomei posse de dois equipamentos de gravação digital, os quais hoje são documentos apensos à providência cautelar que corre termos no Tribunal Civil de Lisboa», afirmou Ricardo Rodrigues.

Ricardo Rodrigues fez esta declaração na Assembleia da República, sem direito a perguntas por parte dos jornalistas e à qual assistiu o líder parlamentar do PS, Francisco Assis.
Continue a ler esta notícia

Relacionados