PSD: «É bom que as eleições directas sejam já» - TVI

PSD: «É bom que as eleições directas sejam já»

Guilherme Silva

Guilherme Silva diz que próximo líder precisa de tempo para fazer alternativa ao Governo

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O deputado social-democrata madeirense Guilherme Silva afirmou esta quinta-feira concordar com a decisão do presidente do partido, Luís Filipe Menezes, de convocar eleições directas, alegando que o próximo líder precisa de tempo para afirmar uma alternativa ao Governo, noticia a agência Lusa.

Luís Filipe Menezes anunciou esta quinta-feira que vai solicitar, na próxima semana, ao Conselho Nacional do PSD, a convocação de eleições directas para 24 de Maio, às quais não se vai candidatar.

«Vou solicitar, na próxima semana, ao Conselho Nacional, que convoque directas para 24 de Maio. Não estou na corrida», afirmou numa conferência de imprensa na sede do PSD em Lisboa, em que os jornalistas não tiveram direito a colocar perguntas.

«Eleições directas já»

Em declarações à agência Lusa, Guilherme Silva, vice-presidente da Assembleia da República, começou por referir que nas últimas eleições directas do PSD não apoiou Luís Filipe Menezes.

Sobre a decisão do presidente do partido de convocar eleições directas, Guilherme Silva elogiou a atitude de Luís Filipe Menezes de «promover uma clarificação».

«Tendo consciência das dificuldades - num momento em que se assistem a reacções que estavam já a ganhar algum volume - colocar o partido acima dos seus interesses pessoais, cessando funções, é uma atitude de saudar e de louvar», declarou o deputado social-democrata em relação ao gesto de Menezes.

Para Guilherme Silva, do ponto de visto político, a atitude de Menezes tem também o efeito benéfico de permitir o aparecimento de uma nova liderança com condições de disputar o Governo ao PS em 2009.

«É bom que as eleições directas no PSD aconteçam já, porque o novo líder do partido precisa de tempo para se afirmar tendo em vista o próximo ciclo eleitoral», declarou Guilherme Silva.

PSD reforçado após cada crise superada

Interrogado sobre o futuro do actual presidente, o deputado madeirense vincou que Luís Filipe Menezes disse que «não se vai recandidatar».

«Mas, recandidate-se ou não à liderança, todas as suas opções são legítimas. Qualquer que seja a sua decisão, não vou ficar espantado», frisou.

Guilherme Silva sustentou ainda a tese de que o PSD se reforça em cada crise que supera.

«Parece-me que estamos a caminho de uma confirmação de um dado histórico do PSD: o partido sai sempre reforçado das crises e estou certo que o próximo congresso vai ser um momento de afirmação de vitalidade da liderança e do projecto de Governo», acrescentou.
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