TGV: CDS «viu com agrado» chumbo do projeto - TVI

TGV: CDS «viu com agrado» chumbo do projeto

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Deputado Helder Amaral aponta «duas razões» para esta posição do partido

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O CDS «viu com agrado» o chumbo do projeto do TGV por parte do Tribunal de Contas, conhecido na quarta-feira, sublinhando que não tem sentido avançar com esta obra na situação financeira que o país atravessa.

«O CDS viu com agrado esta notícia do chumbo do Tribunal de Contas ao projeto do TGV», disse esta sexta-feira o deputado Hélder Amaral, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

O deputado avançou «duas razões» para esta posição do partido: a situação financeira do país e as eventuais «ilegalidades» dos contratos assinados pelo anterior Governo socialista.

Hélder Amaral insistiu em que «o CDS desde sempre», no Parlamento, «chamou a atenção para a necessidade do bom senso para não executar» o projeto do TGV, em relação ao qual, sublinhou, o partido não tem «nenhuma oposição ideológica ou de fundo».

«Porque o país, na situação que atravessava à data, e que atravessa hoje, não tinha condições financeiras para executar a obra e há um conjunto de outros modelos e outras soluções para que o país esteja, ainda assim, ligado às redes transeuropeias de transportes, em bitola europeia, que não pressupunham esse investimento tão avultado e que iria ele mesmo absorver toda a capacidade de financiamento da economia portuguesa», disse o deputado.

O CDS, acrescentou, levantou esta questão «antes da assinatura do contrato para evitar indemnizações e com isso desproteger o interesse público».

Mas o «contrato tem um segundo ponto», de acordo com o deputado: «O Tribunal de Contas chama a atenção para possíveis irregularidades que constam do contrato e essas merecem também ser avaliadas, atropelos àquilo que é o interesse público que iremos avaliar a seu tempo».

«E portanto o CDS tem de dizer hoje que teve razão antes do tempo. Não nos satisfaz totalmente essa situação mas importa aqui realçar que de facto o país não vai executar mais uma obra, mais uma pareceria público privada que transferia para as gerações futuras um encargo enorme e punha em causa o que é a recuperação económica do país», acrescentou.

Quanto às indemnizações que eventualmente serão pedidas no âmbito dos contratos já assinados e obras já em curso, Hélder Amaral disse que «tem de haver bom senso», «eventualmente olhar para o interesse público» e «encontrar uma solução».
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