Saiba porque vai Rangel para Bruxelas - TVI

Saiba porque vai Rangel para Bruxelas

Paulo Rangel cabeça de lista do PSD às europeias

Há quem tenha pena de ver partir o líder parlamentar do PSD, mas o candidato às europeias explica que não há nada a temer. E explica porquê

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Depois de um dia marcado pela demissão de Dias Loureiro do Conselho de Estado, uma atitude que Paulo Rangel não se coibiu de dizer que podia ter sido tomada «mais cedo», o candidato do PSD às eleições europeias, reuniu-se esta quarta-feira à noite com outro grupo de autarcas, desta vez no Algarve.

Um dos presentes demonstrou pena por ver partir o social-democrata para Bruxelas. Mas Rangel explica que não há nada a temer quando se fala em comandar o maior partido da oposição no Parlamento.

No modelo habitual - que conta com um discurso introdutório e uma sessão de perguntas e respostas - Paulo Rangel voltou ao tema do imposto europeu, uma medida proposta por Vital Moreira, para acusar o PS de estar nesta campanha «sem coluna vertebral, procurando enganar os portugueses».

Mais uma vez, Rangel exigiu ao primeiro-ministro que se pronuncie sobre esta questão lançada por Vital Moreira e comentada por outros socialistas, mas sobre a qual Sócrates ainda nada disse. «É a favor ou contra o imposto europeu, para carregar os portugueses e os europeus?»

O também líder parlamentar regressou ao tema «das duas caras», dizendo agora que este PS «é o partido do esconde-esconde», retomando contradições entre o cabeça-de-lista e as posições do Governo e dos socialistas e acusando o PS de esconder o candidato: «Já não aparece sozinho, já não aparece nos cartazes», disse, atirando ainda com as divisões sentidas na lista do PS às europeias: «Os próprios candidatos não se entendem».

Mas a noite não fica apenas marcada pelas invectivas lançadas ao PS, que Paulo Rangel voltou a embrulhar para atacar o adversário. Num hotel de Albufeira, o candidato descansou os presentes quanto ao futuro do país.

Jorge Machado, empresário e militante da concelhia de Albufeira, disse ao social-democrata que preferia que «ficasse por cá». E sem delongas explicou que a «vivacidade» de Rangel, e «o seu amor ao país» eram precisos no Parlamento para «fazer oposição ao eng.º Sócrates. Eu preferia que ficasse a fazer oposição na Assembleia da República em vez de ir para o Parlamento Europeu».

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O candidato respondeu pronto, certo que a premissa receberia acolhimento da plateia. «Se eu tivesse convencido de que o eng.º Sócrates seria [de novo] primeiro-ministro, eu teria ficado».

Mas «como eu estou absolutamente esperançado, o eng.º Sócrates já não será primeiro-ministro depois de Setembro, já não precisa de oposição no Parlamento e serei mais útil em Bruxelas».

A campanha entra agora no 4.º dia com um almoço no American Club, em Lisboa, onde a líder do PSD se junta pela primeira vez ao candidato europeu.

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