Morreu o general Galvão de Melo - TVI

Morreu o general Galvão de Melo

  • Portugal Diário
  • 21 mar 2008, 12:48
General Carlos Galvão de Melo - Foto de António Cotrim para Lusa

Foi encontrado na garagem de sua casa no Estoril. Tinha 86 anos

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Carlos Galvão de Melo, general e ex-membro da Junta de Salvação Nacional, foi ontem encontrado morto na garagem do imóvel onde vivia, mandei no Estoril. Segundo o Jornal de Notícias, o ex-militar de 86 anos, terá falecido cerca das 20 horas, de doença súbita.

A Guarda Nacional Republicana (GNR) de Alcabideche adiantou à agência Lusa que a Polícia Judiciária foi chamada ao local «por precaução», o que é «habitual» quando é encontrado um corpo nestas circunstâncias. «Os agentes [da PJ] foram chamados pelas autoridades locais para averiguar as circunstâncias da morte», esclareceu fonte da Policia Judiciária.

O seu corpo não foi entregue de imediato à família, encontrando-se à guarda do Tribunal de Cascais. «Cabe ao Tribunal decidir se há ou não autópsia», explicou um funcionário do Cemitério da Guia, em Cascais, para onde são encaminhados os corpos destinados a autópsia naquela zona.

Representante da Força Aérea na Junta de Salvação Nacional, Galvão de Melo foi candidato independente à presidência da República em 1980, depois de uma passagem como deputado pelo CDS na Assembleia Constituinte. Cedo contestado pela esquerda, chegou a ser preso em Setembro de 1974.

Natural da Figueira da Foz, estudou em Lisboa no Liceu Camões, na Universidade Clássica e finalmente na Academia Militar. Dividia o seu tempo entre um blog que criou, os courts de ténis e solicitações para participar em palestras ou em entrevistas.

CDS evoca espírito independente e polémico do general

O CDS-PP destacou o espírito independente e a intervenção na defesa de causas e do País de Galvão de Mello, falecido na quinta-feira, e conhecido sobretudo como um dos integrantes da Junta de Salvação Nacional, em 1974.

«Polémico», reconhece o secretário-geral do CDS-PP, João Almeida, em declarações à Lusa, «o general foi sem dúvida uma pessoa que sempre interveio muito em defesa do País».

O «espírito independente» de Galvão de Mello foi também destacado nesta nota enviada à Lusa.

O CDS-PP apresenta as condolências à família e, no mesmo comunicado, evoca o compromisso que o general «sempre teve com o país e com as causas em que acreditava».

JF
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