Casino: ex-ministro nega ter tomado decisão - TVI

Casino: ex-ministro nega ter tomado decisão

  • Portugal Diário
  • 2 fev 2008, 16:11

Deputado do CDS Telmo Correia diz que parecer proveio da Inspecção-Geral de Jogos

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O ex-ministro do Turismo e deputado do CDS-PP Telmo Correia negou este sábado ter tomado qualquer decisão que ditasse a reversão do Casino de Lisboa para a posse da empresa Estoril Sol.

«Não tomei qualquer decisão. Apenas tomei conhecimento de um parecer da Inspecção-Geral de Jogos (IGJ)», afirmou à Lusa o deputado do CDS, comentando a manchete do semanário Expresso que titula «Ministros do CDS deram jackpot ao Casino Estoril» e a quem admite processar.

O Expresso noticia que «a actuação de Telmo Correia enquanto ministro do Turismo do Governo de Pedro Santana Lopes permitiu à Estoril-Sol obter um verdadeiro jackpot, conseguindo ficar com a propriedade do edifício do novo Casino de Lisboa».

O deputado contesta e garante que não tomou qualquer decisão sobre o parecer do IGJ quanto à reversibilidade ou não para o Estado do edifício, dado que «estava apenas em gestão [após as eleições de legislativas de 2005] e a poucos dias de deixar o Governo».

«Como ministro não me pronunciei sobre isso. Quando muito, recomendei, através do meu gabinete, que a consulta fosse feita a quem tinha capacidade e conhecimento da matéria para o fazer [a IGJ]», disse.

Telmo Correia explicou que entendeu não ser correcto tomar uma decisão sobre uma matéria que «poderia condicionar aquela que podia ser a interpretação do ministro seguinte».

O antigo ministro lembra que a questão da reversibilidade do Casino - passar a ser ou não propriedade da Estoril-Sol após o período de concessão do jogo - «sempre foi controversa» e por isso foi pedido um parecer à Inspecção-Geral de Jogos.

Em declarações ao Expresso, o presidente do Conselho de Administração da Estoril-Sol alega que o reconhecimento da propriedade do edifício foi uma condição entre a empresa e o Governo de Durão Barroso, que autorizou a sua construção em 2003.

O ex-ministro do Turismo admite processar o Expresso porque «a notícia tem um lado que é calunioso» e considera ser «abusivo» o semanário retirar as conclusões que retira.
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