Freeport: PS acusa oposição de «intromissões ilegítimas»

O porta-voz do PS, Vitalino Canas, acusou os partidos da oposição de «intromissões ilegítimas», depois dos pedidos feitos no sentido do presidente do Eurojust, Lopes Mota, ir ao Parlamento para explicar as circunstâncias em que abordou os magistrados que investigam o caso Freeport - situação que levou a que lhe fosse instaurado um processo disciplinar por indícios de pressões na investigação.

Em declarações ao TVI24, o dirigente socialista descreveu como algo «ilegítimas» as posições manifestadas pelo CDS pelo BE e que o PSD também pondera tomar em relação ao caso. Para Vitalino Canas, a ida de Lopes da Mota à Assembleia da República não serviria para tornar mais «transparente» o processo.

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Eurojust quebra silêncio

«A transparência deve verificar-se, sobretudo, para quem tem poder de decisão. Isso é algo que deve acontecer dentro da Procuradoria-Geral da República, através dos mecanismos normais», disse o porta-voz socialista, recusando que aos partidos caiba esse papel, porque configuram «intromissões ilegítimas em esferas que não são político-partidárias».

«São uma manifestação claríssima de tentativa de aproveitamento político por parte de alguns partidos de uma qquestão que, obviamente, não pode nem deve ser aproveitada politicamente», salientou.

O PS vai, no entanto, analisar as razões invocadas no pedido que irá ser formalizado para que Lopes da Mota possa ser ouvido pelos deputados, antes de tomar qualquer decisão sobre o tema.