O vice-presidente do PSD, Marco António Costa, defendeu, este sábado, a suspensão temporária das grandes obras públicas, sublinhando que, na actual situação de crise, o «país precisa de parar para pensar».
«O país precisa de parar para pensar e redefinir prioridades. Isto não significa imobilismo nem negativismo, mas sentido de responsabilidade. Não podemos gastar o que não temos», disse Marco António Costa, em declarações à Lusa.
Para o dirigente social-democrata, as grandes obras públicas, como o aeroporto de Lisboa, a terceira travessia do Tejo e a linha do TGV (comboio de alta velocidade) devem ser suspensas temporariamente. «Essa decisão é crucial para garantir emprego no futuro», sublinhou, lembrando que essas grandes públicas obras esgotariam as linhas de crédito nos mercados internacionais, criando uma «situação de dificuldade» para o sector produtivo de bens transaccionáveis.
«Isso terá como consequência que o desemprego irá aumentar e, necessariamente, não só não aparecerão novos postos de trabalho pelo desenvolvimento da actividade empresarial privada, como aumentará o desemprego, e haverá uma quebra da capacidade exportadora do país de bens transaccionáveis», acrescentou.
Marco António Costa acusou ainda o Primeiro-Ministro, José Sócrates, de ter feito uma leitura «oportunista e selectiva» do livro "Mudar", do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, no que se refere às grandes obras públicas, concretamente ao TGV e ao aeroporto. «O Primeiro-Ministro disse sexta-feira, no debate quinzenal no Parlamento, que o presidente do PSD defende, no livro, que essas obras deveriam avançar, mas omitiu a parte em que Pedro Passos Coelho defende que elas deveriam ser suspensas pelo menos três anos», referiu Marco António Costa.
PSD defende suspensão de grandes obras
- tvi24
- MM
- 1 mai 2010, 20:16
«O país precisa parar para pensar», defende Marco António Costa
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