Governo garante ao CDS «esforço redobrado no corte da despesa» - TVI

Governo garante ao CDS «esforço redobrado no corte da despesa»

Nuno Magalhães

Nuno Magalhães diz que o Executivo está em sintonia com os democratas-cristãos

O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, disse que o Governo transmitiu, nesta terça-feira, aos partidos da maioria que está a fazer um «esforço redobrado no corte da despesa» para poder minorar o aumento da carga fiscal.

«Foi-nos garantido e reforçado da parte do Governo esse esforço redobrado no corte de despesa», contou Nuno Magalhães aos jornalistas, à saída da reunião com uma delegação do Governo chefiada pelo ministro Miguel Relvas,

que apresentou as linhas gerais do Orçamento do Estado para 2013.

Além dos líderes parlamentares de PSD e CDS, estiveram, do lado dos partidos, deputados da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, como Miguel Frasquilho e Duarte Pacheco (PSD) e João Almeida e Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP).

Falando ao lado do líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, Nuno Magalhães recusou qualquer divergência e disse que a consciência do «impacto social» das medidas do Orçamento é partilhada pelos partidos da maioria e pelo Executivo.

«Nós temos consciência da importância e do impacto social que pode ter, o Governo também tem, o PSD também tem. Portanto, não há aqui nenhum tipo de divergência entre o sentimento quer da maioria e do Governo, mas é preciso

trabalhar no sentido da redução da despesa», afirmou.



Questionado sobre se foi discutida a eventual reposição da cláusula de salvaguarda do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), o líder da bancada do CDS-PP respondeu: «Não nos foi dada nenhuma garantia, não vou estar a dar garantias que não nos foram dadas. Foi transmitida da minha parte, da

parte do doutor Luís Montenegro, essa preocupação, isso foi.»

O líder da bancada democrata-cristã recusou sempre detalhar informação, repetindo que o Governo transmitiu aos partidos que o Orçamento é ainda um processo curso e que o esforço no corte de despesa está a ser feito para minorar o aumento da carga fiscal.

«Fiquei consciente de duas coisas: que ainda estamos falar das linhas gerais do Orçamento do Estado, que ainda não está concluído, que esse processo está ainda em curso, que nesse processo que está em curso está a haver um esforço significativo, um esforço redobrado, que nós estamos convictos que vai dar bons resultados, de redução da despesa», observou.



Essa redução da despesa vai «no sentido de evitar que determinado tipo de aumentos, nomeadamente a carga fiscal, seja mitigado, minorado».



«Temos plena consciência que sem esse corte na despesa e sem essa mitigação com certeza que será um Orçamento ainda mais exigente para os portugueses», reconheceu.
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