«Sinto-me à vontade nas feiras» - TVI

«Sinto-me à vontade nas feiras»

Paulo Portas em Viseu

Paulo Portas substitui Nuno Melo na campanha e foi até Viseu

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Foi calorosa a recepção a Paulo Portas na feira de Viseu. Fazendo jus ao nome que lhe foi atribuído em campanha, e do qual garante até ter orgulho, o líder do CDS distribuiu beijinhos, abraços e cumprimentos a todos com os quais se cruzou. «Olha o Portas, olha o Portas», ouvia-se pelos corredores da feira. «Dê cá um beijinho», diziam muitas senhoras. Mas nem era preciso pedir, porque o candidato tomava a iniciativa de ir cumprimentar as pessoas. Até uma turista francesa surpreendida perguntava ao marido o que se estaria a passar, já que também teve direito a beijinho.

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Viseu é tradicionalmente social-democrata, mas na feira havia mesmo quem admitisse mudar a cor do voto nas próximas eleições. «A Ferreira Leite não vai a lado nenhum», disse uma feirante ao tvi24.pt.

A crise pareceu estar nas preocupações de todos: feirantes e compradores. «Veja lá se toma conta dos pobres», pediam algumas pessoas a Portas, enquanto outras diziam convictamente: «ele é o único que pensa em nós». E até lhe pediam para «dar um puxão de orelhas a Sócrates».

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Grandes críticas dos feirantes também para a ASAE. «Veja se põe ordem naquilo», pediam-lhe. «Nós produzimos com qualidade. Deixem-nos vender», pedia um produtor de mel, que acabou por oferecer um frasquinho ao candidato.

Portas sorria visivelmente satisfeito com a recepção e quando questionado sobre se ficava incomodado em ser chamado de «Paulinho das feiras», garantiu que não, que até sentia «orgulho» na alcunha. «Eu sinto-me à vontade nas feiras, gosto de falar com as pessoas. Há políticos que não gostam do contacto com as pessoas, então devem mudar de trabalho, porque a campanha faz-se é na rua, não é em salas fechadas», afirmou. Mais tarde, Portas afirmou mesmo que «gostava de ver o primeiro-ministro na rua, sem seguranças, a ouvir as críticas das pessoas. Mas ele anda escondidinho», afirmou.

Criticas também para o ministro da Agricultura «que não é amigo dos agricultores» e para os fundos de Bruxelas que foram «desperdiçados». «As pessoas reconhecem o nosso trabalho, dão-nos razão, espero que o façam também com votos», afirmou, garantindo que o objectivo para as Europeias é manter o número de deputados, no mínimo, «o ideal é crescer».

Admitindo que «para o CDS e para o país», estas eleições são uma espécie de «primárias, uma preparação para as Legislativas», Portas pede «que o PS seja censurado por governar mal e que dentro da oposição se premeia quem tem trabalhado, quem tem apresentado ideias construtivas, quem não se limita a dizer mal só por dizer». «É indispensável que não sejam sempre os mesmos a ficar com as mesmas responsabilidades», adiantou.

Avisando que «votar Vital é o mesmo que votar Sócrates», Portas fez ainda questão de se demarcar das políticas da «união de facto entre PS e PSD». «Eles estão juntos no Banco de Portugal, na Caixa Geral de Depósitos, na Galp, na EDP e estão juntinhos na lei da imigração que é má, nas leis penais que são péssimas e foram contra o referendo ao Tratado Constitucional a que os portugueses tinham direito».

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