PSD tem de rejeitar o «socialismo envergonhado» - TVI

PSD tem de rejeitar o «socialismo envergonhado»

Pedro Passos Coelho

PSD Pedro Passos Coelho entregou moção de estratégia global na sede nacional do partido

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O candidato a presidente do PSD Pedro Passos Coelho defende na sua moção de estratégia global que o partido tem de rejeitar «uma política errática entre o conservadorismo atávico e os modelos de socialismo envergonhado», escreve a agência Lusa.

Na moção de estratégia global que a sua candidatura entregou esta sexta-feira na sede nacional do PSD, em Lisboa, Pedro Passos Coelho propõe devolver ao partido «a sua identidade de partido reformador».

O PSD «tem que se reorientar à luz da sua matriz original, rejeitando uma política errática entre o conservadorismo atávico e os modelos de socialismo envergonhado», defende Passos Coelho, que se define como liberal e reformista.

«Há que ter a coragem de deixar de lado modelos e processos que obsessivamente colocam o Estado no centro da acção e que, por isso, geram dependências e constituem obstáculos ao desenvolvimento e à efectiva modernização do país. Os portugueses merecem mais e melhor», insiste.

O candidato a presidente do PSD compromete-se a apresentar «um programa de Governo assumidamente transformador que assenta na coerência de um modelo de liberdade e de iniciativa e que aponta na direcção de um novo tempo com menos Estado e mais sociedade civil».

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Ao mesmo tempo, Passos Coelho aponta como «essencial a criação de condições para responder às crescentes e novas necessidades dos mais desfavorecidos».

«Sei que as vitórias não se obtêm pela mera proclamação de vontade. O factor distintivo de uma vitória assenta na capacidade de apresentar um projecto apto a concretizar um novo tempo para Portugal», sustenta.

Por outro lado, Pedro Passos Coelho defende que o PSD se torne mais «capaz de reflectir sobre a sociedade e a política, capaz de produzir pensamento estratégico e de encontrar as melhores alternativas para o país».

Nesse sentido, é preciso «que cada militante tenha voz activa e participante», considera o ex-presidente da JSD, prometendo «criar fóruns e grupos de debate» para aumentar a democracia interna.

«Assumo o compromisso de, relativamente a algumas matérias mais estruturantes que podem ser menos consensuais, realizar um amplo debate interno que possa culminar com a realização de um referendo, como é claramente o caso da regionalização», adianta.
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