Paulo Portas afasta todas as hipóteses de viabilizar um Governo minoritário do PS e estabelece o «caderno de encargos» com as condições para dar estabilidade parlamentar a um Governo minoritário do PSD.
Em entrevista ao «JN», Paulo Portas afirmou que o CDS «sabe perfeitamente o que é dar estabilidade a um Governo e não é necessário estar nesse Governo», frisando assim que uma coligação não passa necessariamente por nomear ministros do partido.
«Não estou obcecado em ser Governo, nem o meu partido está obcecado com as cadeiras ministeriais. Temos um conjunto de causas e, se essas avançarem, saberemos dar a necessária estabilidade», disse, mas não deixou de apontar críticas também ao PSD, pedindo mesmo «prudência e cautela com o PSD».
«As pessoas estão cansadas da eterna repetição da alternância de semelhanças e não da alternância de diferenças. Estão cansadas de um centrão que encontram todos os dias no Banco de Portugal, na Caixa Geral de Depósitos...»
«Há uma grande diferença entre o CDS e os dois partidos do centrão: o CDS existe sem o Estado; PS e PSD tornaram-se partidos totalmente dependentes do Estado», adiantou.
Sobre este Governo, Portas não tem dúvidas em afirmar que «este mandato de Sócrates falhou. As pessoas, além de não quererem a maioria absoluta do PS, não querem a maioria absoluta de um só partido».
«A experiência socialista terminou. José Sócrates teve quatro anos e meio de legislatura, teve um presidente da República cooperante e teve uma maioria absoluta absolutamente obediente, que se transformou numa maioria absoluta absolutamente prepotente», afirmou o líder do CDS. «Os resultados que deixa são fracos: fracos no desemprego, fracos nas contas públicas, fracos na pobreza. As pessoas estão muito cansadas sobre o que significam maiorias absolutas de um só partido: a tentação para o abuso e para a prepotência».
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«Não estou obcecado em ser Governo»
- tvi24
- SM
- 25 jul 2009, 11:00
![Paulo Portas](https://img.iol.pt/image/id/13143548/1024.jpg)
Paulo Portas fecha a porta a um acordo com o PS e admite coligação com o PSD, mas com «prudência e cautela»
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