Troika: Seguro não especificou do que discorda - TVI

Troika: Seguro não especificou do que discorda

A garantia foi dada aos jornalistas pelo secretário nacional da Comissão Nacional do PS, Miguel Laranjeiro

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O líder socialista, António José Seguro, não disse à Comissão Nacional quais as «partes» do memorando de ajuda externa com as quais discorda , afirmou aos jornalistas o secretário nacional para a organização, Miguel Laranjeiro.

«Não vou referir porque não foi referido na intervenção. O que foi referido na intervenção é que seremos responsáveis na oposição, porque pode-se servir o país na oposição e no Governo e o Partido Socialista está na oposição por opção dos portugueses e pode servir o país e servirá o país na oposição, respeitando aquilo que são acordos internacionais», disse Miguel Laranjeiro.

O secretário-geral do PS afirmou, este domingo, perante a Comissão Nacional, o órgão máximo dos socialistas entre congressos, que não foi ele quem assinou nem negociou o memorando com a troika, mas que vai honrar os «compromissos».

Na reunião à porta fechada, Seguro afirmou ainda, conforme foi transmitido aos jornalistas, que «discorda de alguns pontos do memorando», mas, à saída para o almoço recusou esclarecer a que pontos se referia.

«O Partido Socialista honra os seus compromissos. O Partido Socialista, a direcção, o secretário-geral, honram o passado e honram os compromissos que assumiram», afirmou Miguel Laranjeiro.

«Não vou adiantar a matéria em concreto, é verdade que fez essa afirmação na Comissão Nacional, mas queria aqui realçar que honramos os compromissos e honramos compromissos internacionais, como é o caso do memorando de entendimento», acrescentou.

Questionado sobre se temia que as considerações de Seguro sobre o memorando da troika pudessem cair mal entre membros da Comissão Nacional que negociaram directamente o acordo de ajuda externa, como o ex-ministro Pedro Silva Pereira, Miguel Laranjeiro respondeu: «Não, não temo».

«Valorizamos estas reuniões, a comissão nacional é o órgão entre congressos mais importante do Partido Socialista e é normal que o secretário-geral, na sua primeira intervenção depois de os órgãos eleitos, porque esta é a primeira Comissão Nacional depois de todos os órgãos eleitos, faça uma intervenção detalhada, demorada, abordando diversos pontos, incluindo este», afirmou.

O programa de ajuda financeira a Portugal foi negociado pelo então primeiro-ministro e ex-secretário-geral do PS José Sócrates.
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