Combustíveis: Governo vai «baixar» impostos

O candidato à liderança do PSD Pedro Passos Coelho insistiu esta segunda-feira na redução do IVA nos combustíveis e do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos, prevendo que o Governo acabe por tomar essa decisão «nos próximos meses», escreve a agência Lusa.

Pedro Passos Coelho alertou para o risco de um «colapso social» em Portugal, caso o Governo não decida uma redução desses impostos, «que podia fazer a diferença».

Em declarações aos jornalistas, em Coimbra, frisou que a descida dos impostos contribuiria para atenuar as actuais dificuldades da economia nacional.

«Há bens e serviços dos quais depende a economia nacional» e cujos custos são agravados pelo preço final dos combustíveis, disse o candidato à presidência do PSD, salientando que Portugal tem nesta área «uma carga fiscal mais elevada» que outros países da União Europeia.

Na sua opinião, estes «encargos fiscais mais elevados» suportados pelos portugueses representam uma «dificuldade acrescida» para a economia.

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«Se o Estado não quiser continuar a arrecadar mais receitas, vai ter mesmo que baixar esses impostos nos próximos meses, sob pena de muitas actividades colapsarem», disse.

Pedro Passos Coelho almoçou hoje com mandatários e apoiantes da sua candidatura na zona de Coimbra, cujo mandatário distrital é José Pedro Figueiredo, docente da Universidade de Coimbra.

«Estou cansado de ver responsáveis do PSD a defenderem as mesmas posições que o Governo defende. O país precisa de uma política diferente», declarou.

«Está a errar»

O candidato à presidência do PSD Pedro Santana Lopes admitiu domingo que Passos Coelho «está a errar» quando propõe a descida do IVA nos combustíveis e do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos.

Também o ministro da Economia, Manuel Pinho, afirmou que o Governo vai tomar todas as medidas para melhorar a concorrência e diminuir os efeitos sociais do aumento dos combustíveis, mas recusando qualquer intervenção governamental sobre os preços.

«O Governo não tem que mexer nos preços, mas tem que mexer nos impostos», respondeu hoje Pedro Passos Coelho.