«Não é verdade que venham aí mais cortes de salários e pensões» - TVI

«Não é verdade que venham aí mais cortes de salários e pensões»

Debate quinzenal de 19 de março de 2014 (LUSA)

Luís Montenegro pede ao PS para «jogar limpo»

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O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, pediu a todos os agentes políticos, em concreto ao PS, para «jogar limpo» no debate partidário, assinalando que «não é verdade que venham aí mais cortes de salários e pensões».

«Não é verdade que venham aí mais cortes de salários e pensões, mais cortes de rendimentos. Não é verdade», sublinhou em Viseu o líder da bancada laranja, em intervenção no final das jornadas parlamentares do partido.

Luís Montenegro sublinhou contudo que se aquilo que o PS «quer dizer» é que «tem de haver diminuição da despesa pública e aumento da receita» para que o défice possa ser de 2,5% no final de 2015, então «aí o PS tem razão».

«Vêm aí medidas para tornar o Estado mais eficiente, para pôr o Estado a gastar menos, de preferência de forma estrutural e permanente», ressalvou o social-democrata, advertindo contudo: «Nenhum partido ganha quando de forma despropositada assustamos a nossa sociedade, as pessoas, as famílias, as empresas».

Montenegro acusou ainda o PS de praticar a «divergência mais insanável da política portuguesa» ao não subscrever medidas orçamentais corretivas tendo firmado o tratado orçamental que visa reforçar a disciplina das finanças públicas dos Estados-membros da União Europeia.

«O PS não quer austeridade, não quer medidas corretivas. O que o PS quer é mais défice e mais dívida, porque são estas medidas [as corretivas] que têm permitido baixar o défice e a dívida», frisou o parlamentar.

Sobre as jornadas parlamentares, que durante dois dias juntaram os deputados em Viseu para discutirem com diversas personalidades o pós-troika, Montenegro diz que estas decorreram «sob o signo do compromisso», nomeadamente o compromisso «com as pessoas».

O PSD, frisou, está preocupado em deixar às gerações futuras um «país com mais esperança», reconhecendo que a melhoria de alguns dados macroeconómicos ainda não atingiu o «dia-a-dia» da maioria dos cidadãos, embora alguns já tenham visto o «efeito positivo» de, por exemplo, a taxa de desemprego estar a cair.

«Se nós hoje temos menos desempregados do que tínhamos em janeiro de 2013 significa que há milhares de portugueses que já conseguiram ver refletido na sua vida o efeito positivo do caminho de recuperação do país. Mas de uma forma geral temos de dizer a verdade: a vida das pessoas tem muitas dificuldades», admitiu Luís Montenegro.

Economia, finanças e sustentabilidade demográfica foram alguns dos temas em debate nas jornadas parlamentares do PSD.
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