"Não desiludimos os portugueses", constata Passos Coelho - TVI

"Não desiludimos os portugueses", constata Passos Coelho

Primeiro-ministro encerrou as jornadas parlamentares conjuntas do PSD e CDS-PP, fazendo um balanço positivo dos últimos quatro anos e antecipando o que gostaria que fosse o debate do Estado da Nação

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A convicção de Pedro Passos Coelho é que o seu governo não desiludiu os portugueses. A um dia do debate do Estado da Nação, que sinalizará o fim desta legislatura, na quarta-feira, o primeiro-ministro congratulou-se com a determinação da sua equipa em cumprir o programa da troika. 

"Quem julgue que se conseguiu fechar o programa de assistência por acaso, que tinha de ser assim, está equivocado. Nós conseguimos vencer essa etapa, porque não vacilámos, porque fomos determinados, porque não desiludimos os portugueses"


O líder do PSD defendeu, no encerramento das jornadas parlamentares conjuntas do PSD e CDS-PP, que os cidadãos "não aceitariam que se pusesse o seu futuro em risco". Por isso, advertiu que voltar atrás nas políticas, significaria perder as conquistas dos últimos anos. 

"Como se costuma dizer, a baralhar e a dar de novo, com outras regras, muito possivelmente muito daquilo que se conquistou pode desaparecer".

                                 Jornadas parlamentares conjuntas PSD/CDS-PP (Lusa)


"Guerra sem quartel às desigualdades"


O primeiro-ministro reclamou que o governo de coligação conseguiu corrigir nesta legislatura os desequilíbrios herdados, mas defendeu que falta travar uma "guerra sem quartel às desigualdades".

As economias podem "crescer e ser profundamente desiguais" mas, deu conta, não é isso quer. Sem propor medidas concretas, acrescentou que é preciso "declarar guerra sem quartel às desigualdades de natureza económica e social".


O que "dói" à oposição


O presidente do PSD voltou a defender nas jornadas parlamentares que as privatizações feitas nesta legislatura eram necessárias há anos e correram bem.

"Havia em Portugal muito esta ideia de que o Estado servia para proteger as empresas, certas empresas. Hoje sabe-se que não é assim e, portanto, quem vem disputar o mercado sabe que não vai haver uma intervenção nem do ministro, nem do secretário de Estado, de nenhum membro do Governo, de ninguém influente junto da banca para evitar que certos negócios ou operações se possam concretizar ou que outras tenham mais probabilidade", declarou.

"Na verdade, isto hoje dói muito às nossas oposições, porque gostariam que não fosse assim, não cabe no seu preconceito sobre esta maioria que seja assim".


Dirigindo-se àqueles que diziam que o executivo ia "vender ao desbarato as joias da coroa", Passos Coelho acrescentou: "Sabem hoje que com as privatizações alcançámos cerca do dobro do encaixe financeiro que estava previsto pelo anterior Governo.

"Se tivéssemos vendido por metade, como o PS deixou no memorando de entendimento, teríamos defendido melhor o interesse público e interesse do Estado?"


O debate do Estado da Nação


Lembrou também, com um tom de crítica, como costumam ser os debates quinzenais no Parlamento, esperando que aquele que terá lugar na quarta-feira, do Estado da Nação, seja diferente. 

"Temo-nos habituado à cristalização das opiniões e de muitos argumentos. De certa maneira, por essa razão, muitas vezes estes debates parecem uma espécie de dejà vu, em que estamos sempre a repisar as mesmas coisas", começou por dizer. 

"Pode ser que amanhã seja diferente. E possamos falar da confiança que hoje temos quando olhamos para a Zona Euro, da confiança que temos quando olhamos para o nosso país".

 
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