CDS acha «inacreditável» que Jardim peça demissão de Teixeira dos Santos - TVI

CDS acha «inacreditável» que Jardim peça demissão de Teixeira dos Santos

Alberto João Jardim

E que ao mesmo tempo acolha as suas medidas políticas

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A Comissão Política do CDS/PP-M classificou de «inacreditável» que o presidente do Governo Regional peça a demissão do ministro das Finanças mas, que ao mesmo tempo acolha as suas medidas políticas, noticia a Lusa.

«É inacreditável que o PSD-M peça a demissão do ministro das Finanças e ao mesmo tempo decida aplicar na Madeira as políticas financeiras, económicas e sociais do mesmo ministro Teixeira dos Santos e do Governo da República», refere um comunicado da Comissão Política, lido pelo seu presidente, José Manuel Rodrigues.

O CDS/PP-M manifesta a «sua profunda preocupação pelo estado financeiro, económico e social da Região», cita a Lusa.

O CDS/PP-M acusa o Governo Regional do PSD-M de continuar «a tentar esconder a realidade» e declara que «a Madeira está atravessar a pior crise financeira dos últimos 30 anos com o Governo, câmaras e empresas públicas sem dinheiro para fazer face às suas elevadas despesas e com elevadas dívidas às empresas privadas».

Os centristas alertam que a Madeira está «a passar por uma difícil situação económica com os sectores produtivos em queda, nomeadamente o turismo, com encerramento de empresas e cada vez mais desemprego».

E está ainda «confrontada com uma situação social alarmante, com famílias sem capacidade para pagar as suas despesas, com o empobrecimento da classe média e com mais exclusão social», referiu.

O CDS/PP-M acusa o Governo Regional de responder «com mais austeridade, mais impostos e aumento dos preços dos serviços na área da saúde e da educação».

Segundo os centristas, «essas medidas estão contidas no Orçamento Rectificativo que o Governo Regional apresentou à Assembleia Legislativa».

«É por isso que o Grupo Parlamentar do CDS/PP-M não pode dar o seu voto favorável a um Orçamento que aproveita o argumento da reconstrução para carregar os impostos e as taxas pagas pelas famílias e pelas empresas da Região».

A Comissão Política do CDS/PP-M acrescenta que o cenário dos indicadores e das perspectivas do turismo para os próximos meses «é, no mínimo, alarmante» e, neste quadro, defende o reforço «imediato das verbas destinadas à promoção da Madeira e a, curto prazo, uma nova estratégia para o sector turístico».

«A Madeira precisa de uma nova estratégia para o turismo que recupere a autenticidade e atractividade do nosso destino; necessita de rever as taxas aeroportuárias para tornar competitivo o nosso aeroporto; consolidar a imagem da marca Madeira; aumentar as verbas para a promoção e usá-las bem junto do consumidor final através da Internet, em particular das redes sociais e concorrer com outros destinos turísticos pela qualidade e não apenas pelo preço», sustenta o CDS/PP-M.

«O Turismo tem que ser pelo seu peso económico, pelas receitas que gera a vários níveis, pelo número de pessoas que emprega, a prioridade das prioridades do Governo Regional», conclui o comunicado.
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