Jardim faria coligação com Sócrates

Alberto João Jardim aceitaria o convite de José Sócrates para uma coligação entre o PS e o PSD, se fosse líder dos sociais-democratas, só para evitar o que considera ser a «vitimização» do secretário-geral socialista. Contudo, o dirigente madeirense compreende a posição de Manuela Ferreira Leite.

«O senhor quer uma coligação, então vamos lá ver, o programa não pode ser o seu, nem pode ser o meu, vamos fazer um programa comum e contemplando já a revisão constitucional», explicou desta forma Jardim, citado pela Lusa, o que diria a Sócrates se estivesse à frente do PSD e lhe fosse feito um convite para uma coligação.

«Obviamente que o engenheiro Sócrates ia imediatamente dizer que não aceitava mas, pelo menos, tinha-se-lhe retirado o argumento de que não se tentou fazer a coligação porque ele se vai vitimizar, vai dizer que toda a gente o tratou mal, que toda a gente o enjeitou, vai ser, assim, uma espécie daqueles contos de crianças em que há uma jovem enjeitada no meio disto tudo», acrescentou.

Apesar destas afirmações Alberto João Jardim disse que Manuela Ferreira Leite recusou a proposta de aliança com o PS por uma questão de ética, porque já tinha dito que não iria coligar-se. «Assim é que deve ser, a senhora deu um exemplo de ética à sociedade portuguesa», apontou.

O dirigente madeirense recusou ainda qualquer apoio a Pedro Passos Coelho. «Eu só me revejo naquilo que entendo rever-me e neste momento não estou a ver mais nenhum candidato, o único que disse que era candidato foi esse senhor, não me revejo no homem, portanto, estou fora», frisou, citado pela Lusa.