Metro Mondego: PSD exige demissão de António Mendonça - TVI

Metro Mondego: PSD exige demissão de António Mendonça

ANTÓNIO MENDONÇA

Refer suspendeu as obras em curso do metropolitano no Ramal da Lousã

O PSD de Miranda do Corvo exigiu esta tarde a demissão do ministro das Obras Públicas, António Mendonça, depois da Refer ter suspendido as obras em curso do metropolitano do Mondego no Ramal da Lousã.

Carlos Ferreira, presidente da concelhia do PSD, afirmou que o «Metro Mondego é indiscutivelmente uma obra prioritária, não só porque é uma obra que já se encontra em curso mas também porque se destina a repor um serviço que já existia a funcionar e que foi destruído pelo Governo»,

A Refer ordenou recentemente aos empreiteiros das obras de requalificação em curso na linha, entre Serpins (Lousã) e Alto de São João (Coimbra), a supressão dos trabalhos relacionados com a plataforma da linha, assentamento de carris e construção da catenária, um investimento que rondaria os 13 milhões de euros.

Desde o início do ano que estavam em curso duas empreitadas superiores a 50 milhões de euros, entre aquelas duas localidades, no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego, que prevê a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo «tram-train» na Linha da Lousã e na cidade de Coimbra.

Numa conferência de imprensa, o presidente da concelhia do PSD de Miranda do Corvo considerou que a decisão da tutela «são atitudes inexplicáveis e eticamente reprováveis de um Governo irresponsável e autista que não ouve ninguém e decide mal», lembrando que quando as obras se iniciaram «o país já estava em crise».

Contrariamente aos socialistas de Coimbra e da Lousã, que reclamaram a demissão do secretário de Estado dos Transportes, os sociais-democratas de Miranda do Corvo consideram que o verdadeiro culpado é António Mendonça, ministro das sobras Públicas.

«Exigimos a demissão imediata do ministro das Obras Públicas e a garantia por parte do primeiro-ministro de que o transporte ferroviário entre Serpins (Lousã) e o Parque da Cidade (Coimbra) é reposto sem mais atrasos até final de 2012», disse Carlos Ferreira.

O líder concelhio do PSD disse ainda que o «Presidente da República deve demitir o primeiro-ministro», caso as obras não avancem.

Carlos Ferreira recordou que, se as obras pararem, se destruiu um sistema de transporte ferroviário a funcionar, «cuja infra-estrutura valia algumas centenas de milhões de euros e que para além disso já se gastaram cerca de 100 milhões de euros» em todo o processo.

O dirigente social-democrata apelou ainda aos deputados do PSD por Coimbra a votarem, na discussão das especialidades do Orçamento de Estado, uma proposta do Bloco de Esquerda que prevê a inclusão no documento das verbas necessárias à conclusão do Metro Mondego.
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