O PCP acusou esta quarta-feira o Governo de atacar «diretamente» a contratação coletiva, um «direito fundamental dos trabalhadores» reconhecido pela Constituição e «um instrumento de melhoria das condições de trabalho» importante para o desenvolvimento do país.
«Este Governo pretende agora desferir mais um rude golpe nos direitos dos trabalhadores prolongando o não pagamento do trabalho extraordinário e atacando diretamente a contratação coletiva», declarou o deputado comunista Jorge Machado, numa declaração política no parlamento.
O objetivo do executivo, acusou o deputado do PCP, é «reduzir de forma generalizada os salários, atacar e tentar destruir os contratos coletivos de trabalho» e desse modo «agravar a exploração de quem trabalha, atacando a democracia».
«PSD e CDS sabem muito bem que atacar a contratação coletiva é atacar os sindicatos, uma vez que a contratação coletiva sempre foi uma peça fundamental da atividade sindical», sublinhou Jorge Machado.
Com novas alterações ao código de trabalho, o Governo, diz o PCP, «pretende levar mais longe o empobrecimento de quem trabalha para encher ainda mais os bolsos de quem já hoje acumula fortuna por via da exploração».
O executivo, disse ainda o parlamentar Jorge Machado, está «sem legitimidade» e governa «contra a Constituição e o povo».
«Apesar de se manter em funções sem legitimidade que o sustente, o Governo PSD/CDS não desiste de prosseguir e agravar a sua política de empobrecer milhões de portugueses, destruir serviços públicos, privatizar e atacar os direitos de quem trabalha para engordar os lucros de meia dúzia de grandes grupos económicos», sustentou o comunista.
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PCP acusa Governo de atacar «diretamente» a contratação coletiva
- tvi24
- CLC
- 11 jun 2014, 17:05
![Jerónimo de Sousa [Lusa]](https://img.iol.pt/image/id/14144477/1024.jpg)
Um «direito fundamental dos trabalhadores», defendem os comunistas
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