O PS defendeu esta terça-feira que o processo de ratificação do Tratado de Lisboa «não pode parar» e recusou a possibilidade de a UE entrar em «reflexão alargada» depois da vitória do não no referendo na Irlanda, noticia a Lusa.
As posições foram assumidas pelo líder parlamentar do PS, Alberto Martins, em São Bento, após ter sido recebido em audiência pelo primeiro-ministro, José Sócrates, que se destinou a preparar o Conselho Europeu de quinta e sexta-feira próximas.
«O processo de ratificação do Tratado de Lisboa não deve parar. O próximo Conselho Europeu, com a intervenção do Governo da Irlanda, deverá encontrar as soluções para debelar a situação» provocada pela vitória do não na consulta irlandesa, sustentou o líder da bancada socialista.
Tendo ao seu lado o secretário nacional do PS para as Relações Internacionais, José Lello, Alberto Martins afirmou que o triunfo do não no referendo na Irlanda «não deve ser minimizado, mas também não deve ser dramatizado excessivamente».
Interrogado sobre soluções em concreto para contornar o não da Irlanda, o presidente do Grupo Parlamentar do PS recusou-se a apontá-las, argumentando que tal «seria o pior que se poderia fazer» neste momento, «porque há muitas questões que se encontram em aberto».
No entanto, o líder da bancada do PS especificou depois aquilo que recusa. «Há várias hipóteses para contornar [o não da Irlanda], mas recusamos que a UE possa entrar num período de reflexão alargado», disse.
Tratado de Lisboa «não pode parar»
- Redação
- CLC
- 17 jun 2008, 17:14
PS considera que processo de ratificação não pode parar para uma «reflexão alargada»
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