Deputados do PS podem votar contra taxas na Saúde - TVI

Deputados do PS podem votar contra taxas na Saúde

Parlamento

Deputados próximos de Manuel Alegre admitem votar a favor das propostas da oposição

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Deputados do PS aguardam a intervenção da ministra da Saúde, na sexta-feira, para decidirem o seu sentido de voto na próxima semana em relação aos diplomas da oposição para a revogação das taxas moderadoras, informa a Lusa.

«Gostava que a ministra da Saúde desse um sinal sobre a sua política em relação às taxas moderadoras» no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS), declarou à agência Lusa a deputada Eugénia Alho. Eugénia Alho faz parte do grupo de quatro deputados mais ligados à corrente do ex-candidato presidencial Manuel Alegre, que admite votar a favor de diplomas da oposição para a eliminação das taxas moderadoras nas cirurgias e internamentos.

Segundo esta deputada, eleita pelo círculo eleitoral de Évora, nos últimos meses «tem havido pequenos passos [do Governo], embora ainda insuficientes, para desagravar as taxas moderadoras». Apontou como exemplos o alargamento das isenções de taxas moderadoras para os reformados e a redução das taxas no ambulatório.

Por sua vez, a deputada socialista Teresa Portugal adiantou que apenas comunicará o seu sentido de voto na próxima semana. No entanto, Teresa Portugal criticou em várias reuniões da bancada do PS o ex-ministro da Saúde Correia de Campos pela sua política a favor do aumento das taxas moderadoras.

PS precisa de 116 votos

Por outro lado, durante a discussão do Orçamento do Estado para 2008, na fase da especialidade, Teresa Portugal votou [com Manuel Alegre] contra a norma que introduziu as taxas moderadoras nas cirurgias e no internamento.

As taxas moderadoras no internamento e nas cirurgias suscitam também reservas à deputada Júlia Caré (do grupo de Manuel Alegre), mas também ao ex-porta-voz do PS Paulo Pedroso e à deputada independente Matilde Sousa Franco.

Na votação dos diplomas da oposição para a eliminação das taxas moderadoras, o PS, tendo 121 deputados em 230, só poderá manter a sua maioria se registar 116 votos favoráveis.

Inicialmente, as votações dos diplomas da oposição para a isenção de taxas moderadoras estavam previstas para quinta-feira, mas hoje, no início do plenário, o PS fez aprovar o seu adiamento por uma semana alegando a existência de vários deputados em missões internacionais.

O requerimento do PS a solicitar o adiamento das votações mereceu os votos contra de todas as bancadas da oposição.
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