«Este Governo não tem condições para governar» - TVI

«Este Governo não tem condições para governar»

Bloquistas não esclarecem se vão apresentar uma moção de censura

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O Bloco de Esquerda (BE) defendeu que o Governo apagou «a luz ao fundo do túnel» com as novas medidas de austeridade e não tem condições para governar.

Esta posição foi transmitida aos jornalistas pela deputada do BE Catarina Martins, que se escusou a esclarecer se o seu partido vai ou não apresentar uma moção de censura ao executivo PSD/CDS-PP: «O Bloco fará tudo para derrotar este Governo e estas políticas, e é tudo o que eu vos posso dizer neste momento».

Em declarações na Assembleia da República, Catarina Martins afirmou que, com a conferência de imprensa desta terça-feira à tarde, o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, veio anunciar «mais desastres, mais impostos, mais despedimentos, mais austeridade"» a juntar às medidas anunciadas na sexta-feira pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

«É um Governo que decidiu apagar a luz ao fundo do túnel. O que hoje Vítor Gaspar nos diz é que a luz ao fundo do túnel está definitivamente apagada com estas medidas. O BE considera que este Governo não tem condições para governar e que as suas políticas devem ser derrotadas», acrescentou Catarina Martins.

Quanto à fiscalização da constitucionalidade das novas medidas de austeridade, Catarina Martins reforçou a posição já assumida pelo BE: «Já recorremos uma vez ao Tribunal Constitucional e não hesitaremos em recorrer outra vez».

A deputada do BE resumiu desta forma as novas medidas anunciadas pelo Executivo: «São despedimentos na função pública, é aumento do IVA, é aumento do IRS para quem receba 800 euros por mês. É a receita que nos trouxe ao desastre, agravada».

«Em menos de uma semana, é o segundo aumento brutal de impostos que este Governo vem anunciar», criticou, considerando que «não há qualquer equidade entre capital e trabalho« e que «toda a conversa sobre fundações e parcerias público-privadas foi isso mesmo: conversa».

Catarina Martins, apontada por Francisco Louçã para a coordenação da futura direção do BE em conjunto com João Semedo e que já se mostrou disponível para essas funções, disse ainda que os portugueses ficaram hoje a saber pelo ministro das Finanças que «em 2013 não haverá qualquer recuperação», ao contrário das «promessas de Pedro Passos Coelho» feitas há três semanas.
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