JSD diz que PS devia «pedir desculpa» por «cada cêntimo de imposto» - TVI

JSD diz que PS devia «pedir desculpa» por «cada cêntimo de imposto»

Duarte Marques

Duarte Marques responsabiliza os socialistas pela necessidade de mais medidas de austeridade

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O líder da JSD acusou a «fação socrática do PS» de «falta de vergonha», defendendo que os socialistas deviam «pedir desculpa» aos portugueses «por cada cêntimo de imposto que pagam a mais e por cada euro a menos no ordenado».

Duarte Marques entende, por isso, «que o mínimo que se impunha ao Partido Socialista era decoro, recato e sentido de Estado».

«Será que António Costa, que foi ministro de Sócrates, e será que Francisco Assis, que foi líder parlamentar de Sócrates, se esqueceram que levaram o País ao colapso financeiro? Será que os socráticos se esqueceram que tão mal fizeram a Portugal que se viram na contingência de pedir ajuda externa?», questionou, em comunicado divulgado nesta terça-feira.

Duarte Marques afirmou que «a JSD não pode deixar de repudiar a forma como a fação socrática do Partido Socialista tem demonstrado não ter qualquer consciência ou responsabilidade».

"«e a falta de vergonha pagasse impostos, o PS resolvia o problema do défice que criou», acusou.

«A JSD chamou a atenção do Governo mas apresentou soluções e um caminho. O PS diz que tem outro caminho mas não o apresenta. Qual será? Será a mesma receita que nos trouxe até aqui? Que colocou Portugal de joelhos perante os nossos parceiros europeus?», argumentou.

«Àqueles que serviram Sócrates no banquete que este ofereceu de rendas a privados, de milhões à Parque Escolar, de subida de ordenados em tempos de crise, de milhões em estudos para aeroportos e TGV e construções de estradas sem carros e aeroportos sem aviões, a esses, exigia-se que servissem humildemente o País», acrescentou.

Segundo Duarte Marques, impunha-se ao PS «uma atitude sensata de promoção da paz social e do consenso político em torno de um memorando que provocou, negociou e assinou», mas, pelo contrário, «o PS procurou sempre evitar o seu cumprimento».

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, criticou na segunda-feira as novas medidas de austeridade, afirmando que vão aumentar a recessão e defendendo que o PS deve votar contra o próximo Orçamento do Estado.

Antes, já o ex-líder parlamentar socialista e ex-candidato à liderança do partido tinha afirmado que o primeiro-ministro deitou «tudo a perder» ao anunciar medidas de austeridade «extremamente injustas» e que aos socialistas só resta votar contra o Orçamento para 2013.

O primeiro-ministro, Passos Coelho, anunciou na sexta-feira novas medidas de austeridade, como o aumento das contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social de 11 para 18 por cento e a redução das contribuições das empresas de 23,75 para 18 por cento, a incluir no Orçamento do Estado para 2013.

Pedro Passos Coelho anunciou também que os funcionários públicos continuariam sem receber um dos subsídios, de Natal ou de férias, e os pensionistas sem os dois.

O primeiro-ministro afirmou que com estas novas medidas o Governo respondia à declaração de inconstitucionalidade pelo Tribunal Constitucional dos cortes dos subsídios de férias e de Natal dos trabalhadores do setor público e pensionistas.
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