O coordenador do Bloco de Esquerda acredita que a greve geral de quinta-feira será «uma das maiores, se não a maior, greve dos últimos 30 anos», uma vez que, desta vez, os trabalhadores têm «condições e razões únicas».
Francisco Louçã esteve esta noite com os trabalhadores do piquete de greve do Metropolitano de Lisboa, na estação do Marquês de Pombal, e vai ainda deslocar-se a outros piquetes de greve, nomeadamente dos CTT de Cabo Ruivo.
Em declarações à Agência Lusa, Louçã previu que esta «será uma das maiores, se não a maior, greve dos últimos 30 anos porque as condições e as razões dos trabalhadores são únicas».
Para o líder do BE, «neste momento, Portugal está a afundar-se numa das piores recessões» este ano e no próximo, sendo que «uma grande parte dos trabalhadores e dos reformados vão perder dois meses do seu salário, que vai haver enormes cortes na educação, na saúde pública, na segurança social e aumentos de impostos».
Tudo isto significa que «a vida dos trabalhadores será imensamente dificultada ao mesmo tempo que uma oligarquia financeira explora o país através de parcerias público-privadas, de juros elevadíssimos, de contractos ruinosos, de acordos da troika e do financiamento de capital bancário que é de um descaramento que Portugal nunca tinha conhecido», enumerou ainda Francisco Louça.
Segundo o deputado bloquista, «pessoas que nunca fizeram greve se vão juntar a esta mobilização», adiantando que no Metro de Lisboa «a greve é total», uma vez que, assegurou, «não haverá nenhuma composição a funcionar nas 24 horas da greve».
A greve geral de quinta-feira foi convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) e União Geral de Trabalhadores (UGT) para contestar as recentes medidas de austeridade do Governo, nomeadamente os cortes nos subsídios de férias e Natal dos funcionários do sector público.
![Louçã: «Talvez a maior greve dos últimos 30 anos» - TVI Louçã: «Talvez a maior greve dos últimos 30 anos» - TVI](https://img.iol.pt/image/id/13518029/400.jpg)
Louçã: «Talvez a maior greve dos últimos 30 anos»
- Redação
- CLC
- 24 nov 2011, 00:07
«Desta vez os trabalhadores têm «condições e razões únicas»
Continue a ler esta notícia