«Não é tempo de birras, chantagens e muito menos de desculpas» - TVI

«Não é tempo de birras, chantagens e muito menos de desculpas»

Bloco de Esquerda defende que Cavaco devia dissolver a Assembleia e diz estar disponível para «um governo de esquerda»

O Bloco de Esquerda considera que a declaração do primeiro-ministro ao país «demonstra uma total falta de responsabilidade e sentido de Estado». Pela voz da coordenadora do partido, Catarina Martins, os bloquistas dizem que «não é tempo de birras, de chantagens e muito menos de desculpas».

«É inaceitável que o Governo diga que vai aceitar a decisão e faça um discurso em que tenta culpar o Tribunal Constitucional (TC) pela crise em que o país vive. Quero lembrar que não foi o TC que criou a crise, que criou a recessão e o desemprego. Se hoje um em cada cinco portugueses estão no desemprego não é culpa do TC, mas da política desastrosa deste Governo».

Catarina Martins diz ainda que o Pedro Passos Coelho «não devia estar a chantagear o seu país com as exigências das instituições internacionais», mas antes a defender Portugal e exigir melhores condições junto dessas instituições.

A coordenadora do BE critica ainda o facto de o Governo estar a tentar fazer de conta que o corte na despesa nas áreas sociais e nos funcionários públicos é culpa do TC quando já fazia parte do programa do executivo. «É uma mentira que está aos olhos de todos», diz.

«Com a desculpa do TC o Governo aumentou impostos. Em 2013 tenta a mesma desculpa para anunciar o que na verdade já estava no seu programa», critica.

Catarina Martins vai mais longe e diz que «o Governo tenta utilizar o TC para um segundo resgate que parece já estar a negociar».

«Este não é um tempo de birras, nem de chantagens e muito menos de desculpas. É um tempo de soluções».

A coordenadora do BE manifesta ainda a disponibilidade do partido para integrar «um governo de esquerda» e defende que «o Presidente da República devia dissolver a Assembleia da República e provocar eleições».

«O Presidente da República e o primeiro-ministro parecem interessados num jogo de 'passa-culpas'. O que precisamos é de soluções. Precisamos de eleições».
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