O deputado do Bloco de Esquerda Pedro Filipe Soares disse, esta segunda-feira ao início da noite, que as medidas constantes na proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2012, «na prática, são terrorismo social sobre os portugueses».
O deputado fala de um «ataque ao salário dos portugueses» e teme que «as medidas extraordinárias se vão tornando permanentes, como foram os cortes dos salários na função pública no ano passado».
Pedro Filipe Soares alertou ainda para a possibilidade de as medidas conduzirem Portugal a um défice ainda maior e recordou declarações do Bloco de Esquerda da última semana: «Estas medidas levam pelo menos a uma recessão de 4 por cento no próximo ano».
«Isto é o resultado de escolhas políticas. O Governo prefere não taxar os mais ricos, prefere taxar quem trabalha e ao fazê-lo está a levar a cabo um corte brutal nos rendimentos das famílias, que são quem tem mantido a economia em funcionamento», argumentou.
Simultaneamente, sublinhou Pedro Filipe Soares, prevê-se uma «taxa nunca vista de desemprego, 13,4 por cento para 2012».
O deputado bloquista apelou ainda à participação na greve geral marcada para os próximos dias pela UGT e pela CGTP: «Tudo isto merece uma resposta frontal e veemente dos portugueses numa greve geral que já está marcada, que nós saudamos e que é necessária neste espaço de debate democrático português que seja forte para dizer ao Governo que os portugueses não aceitam mais estes cortes sociais, não aceitam esta austeridade que leva o país mais fundo no abismo».
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OE2012: BE fala em «terrorismo social»
- Redação
- MM
- 17 out 2011, 20:52
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Deputado bloquista Pedro Filipe Soares diz temer que «as medidas extraordinárias se vão tornando permanentes»
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