Mancha de combustível no Tejo partiu do aeroporto - TVI

Mancha de combustível no Tejo partiu do aeroporto

Acidente com cisterna que transportava 5 mil litros de gasolina

A mancha de combustível que esta manhã apareceu no rio Tejo, junto ao Parque das Nações, teve origem no Aeroporto de Lisboa, adiantou ao PortugalDiário o comandante Beltrão Loureiro, da Capitania do Porto de Lisboa.

«O derrame teve origem numa cisterna com cinco mil litros de combustível, gasolina de avião, que se voltou e conseguiu chegar aos encanamentos do esgoto que terminam no Tejo», explicou o mesmo responsável.

Segundo o comandante, o esgoto desagua numa estação de tratamento, mas dado o caudal elevado, uma parte do combustível acabou por passar a caixa separadora e transbordar para os encanamentos».

A mancha apresenta, de acordo com o comandante Beltrão Loureiro, uma dimensão de «20 metros quadrados».

O combustível está concentrado dentro da Doca dos Olivais.

A mancha de «óleo e gasolina» detectada ao largo do Rio Tejo, junto ao Parque das Nações, em Lisboa, «já está a ser removida» adiantou ao PortugalDiário, fonte da Administração do Porto de Lisboa (APL), acrescentando que «como é muito fina, não pode ser contida através da colocação de barreiras».

Os trabalhos de remoção estão a ser feitos com «matéria absorvente», posteriormente «retirada e tratada». Esta fonte referiu anteriormente que a mancha tinha cerca de dois metros quadrados.

Segundo a APL, a mancha está localizada «dentro da doca», sendo que «fora das muralhas também se encontram pequenas farripas de combustível».

De acordo com a Polícia Marítima os trabalhos de remoção estão a ser dificultados pelo vento, «que faz alastrar a mancha ainda mais».

O alerta em relação a um forte cheiro a combustível foi dado cerca das oito da manhã.



As equipas dos Sapadores Bombeiros retiraram amostras para análise, sendo que o produto ainda está a poluir os esgotos da Avenida de Berlim, em direcção ao Tejo.

Aeroporto só deu alerta depois

Apesar de o acidente ter ocorrido durante a madrugada, só às 9h o aeroporto alertou a SIMTEJO, empresa concessionária do sistema de Saneamento na zona do Parque das Nações, para o sucedido e para a possibilidade de o produto estar naquela zona, explicou ao PortugalDiário Ana Lencastre, da Protecção Civil Municipal.

A responsável contou ainda que, quando os bombeiros foram chamados ao local, ainda ninguém sabia qual a origem e a extensão do derrame, assim como qual o produto que estava na água. Os especialistas necessitam de saber as características do produto para proceder à remoção.

Ana Lencastre realçou que, mesmo de madrugada havia sempre alguém a quem avisar, mas que o aeroporto não contactou nem a Protecção Civil nem os Sapadores Bombeiros. Resta saber se avisou alguém. O PortugalDiário tentou contactar os responsáveis pelo aeroporto, mas ainda não foi possivel obter uma resposta.

A empresa que gere o aeroporto de Lisboa (ANA) anunciou a abertura de um inquérito para apurar responsabilidades deste derrame acidental.

A ANA acrescentou que o local onde se deu o acidente não possui infra-estruturas de recolha e tratamento de hidrocarbonetos (compostos químicos existentes nos óleos e combustíveis).
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