Os trabalhadores da Qimonda em Dresden e Munique podem decidir até ao fim do mês se aceitam passar para outra sociedade, após o tribunal oficializar a respectiva falência, a 1 de Abril.
Foi assim prorrogado o prazo inicialamente dado pelo gestor judicial,Michael Jaffé, a cerca de 90 por cento dos 4.600 trabalhadores da sede, em Munique e da fábrica de Dresden, que expirou ao fim da manhã desta sexta-feira, refere a agência Lusa.
Uma fonte da administração garantiu que o referido prazo «era apenas um estímulo para os trabalhadores se inscreverem rapidamente, e não um ultimato».
O mesmo sucede com a percentagem de 90% dos trabalhadores a atingir, «que também não é uma meta rígida, há alguma margem de manobra», disse a fonte.
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De qualquer forma, a nova sociedade só será criada depois de 1 de Abril, dia em que Jaffé está convocado pelo Tribunal Administrativo de Munique, para lhe ser comunicado o requerimento da falência.
O mesmo responsável disse ainda não possuir dados exactos sobre a adesão dos trabalhadores à proposta do gestor judicial.
Garantiu, todavia, que em Dresden «as coisas estavam a correr muito bem», e em Munique há «algum atraso no processo, mas justificável, porque receberam a proposta mais tarde».
Em Dresden, principal unidade de produção da Qimonda, foram convidados a passar para outra sociedade 2.330 trabalhadores, até se encontrar novo investidor, o que poderá durar entre três a quatro meses, segundo a fonte da administração.
70 a 75% dos salários
Até lá, os trabalhadores que aceitarem a transferência receberão entre 70 a 75% dos actuais salários líquidos, mais do que os 60% (solteiros) ou 67% (casados) correspondentes ao subsídio de desemprego.
Além disso, se a Qimonda fechar as portas, passarão para o fundo de desemprego, cujo prazo máximo é de um ano, a partir de 1 de Agosto, e não de 1 de Abril, dia em que a Qimonda cessa a actividade em Dresden.
A empresa manterá apenas um núcleo de cerca de 500 trabalhadores na fábrica-mãe para assegurar a redução gradual da produção, e mantê-la tecnicamente em stand-by, pronta a arrancar logo que houver uma solução financeira.
A fonte da administração confirmou à agência Lusa que estão a decorrer contactos com uma empresa estatal da China, a Inspur, e outra da Coreia do Sul, a Taiwan Memory Company, para uma eventual participação na Qimonda.
O governo português foi também já solicitado a assumir uma quota de 14%, e aceitou, desde que sejam salvaguardados mais de mil postos de trabalho na fábrica de Vila do Conde.
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Qimonda: prazo para transferência de sociedade adiado
- Redação
- RPV
- 27 mar 2009, 15:37
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Trabalhadores de Dresden e Munique podem decidir até ao fim do mês
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