Construção perde 56 mil empregos e TGV arrisca 30 milhões - TVI

Construção perde 56 mil empregos e TGV arrisca 30 milhões

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Já foram gastos com o TGV 30 milhões de euros

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O cenário é preocupante: «Só este ano, já se perderam, no sector da construção, 56 mil postos de trabalho, o que coincide com a fase mais aguda da crise», revelou o vice-presidente da Associação Nacional de Empreiteiros e Obras Públicas (ANEOP), Manuel Agria, à Agência Financeira.

Desde o ano de 2002 que o sector da construção está a perder produção e isso reflecte-se ao nível do emprego. «Há muitos portugueses que trabalhavam em obras em Espanha, principalmente nas zonas fronteiriças» e a quebra da actividade da construção naquele país «originou o retorno de muitos desses trabalhadores, que vieram engrossar» o número de desempregados do sector.

Assim, Manuel Agria explica que «a mão-de-obra dos trabalhadores de Espanha contribuem agora para a estatística dos Centros de Emprego em Portugal», referindo que «não são a maioria, mas são uma percentagem muito significativa».

Investimentos das empresas em risco

No que respeita aos investimentos que as empresas já fizeram até agora nos troços do TGV (Lisboa-Caia/ Lisboa-Poceirão), «é evidente que são custos que vão ficar improdutivos» se as obras forem adiadas ou demorarem muito tempo até serem concretizadas.

Até agora, disse o vice-presidente da ANEOP à AF, «já foram gastos pelas empresas 30 milhões de euros». No entanto, «o Estado é soberano para decidir se as obras avançam ou não». Manuel Agria defende, neste contexto, que é preciso «haver debate jurídico».

Recorde-se que o presidente da ANEOP, Filipe Sores Franco, defendeu esta quarta-feira, num encontro com jornalistas que «caso os projectos não avancem teremos que ser ressarcidos».
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