Qimonda prepara 2ª vaga de despedimentos - TVI

Qimonda prepara 2ª vaga de despedimentos

Qimonda

Número de trabalhadores ronda agora os 540 mas deverá passar para os 300

Relacionados
A empresa-mãe da Qimonda Portugal vai fazer uma segunda vaga de despedimentos «no final deste mês» nas instalações de Dresden, na Alemanha, adiantou esta quarta-feira o presidente da comissão de trabalhadores.

«Nas instalações (de Dresden) trabalham ainda cerca de 540 trabalhadores, um número que no final deste mês será reduzido para cerca de 300, já que, nessa altura, as instalações terão atingido o nível desejável de segurança», disse à Lusa o presidente da comissão de trabalhadores da Qimonda de Dresden.

Martin Welzel explicou que a «maioria» dos trabalhadores da empresa-mãe da Qimonda, «cerca de 1.900», já se encontram a trabalhar para «outra sociedade em regime de subcontratação», e que nas instalações de Dresden, que estão a trabalhar apenas «pouco mais de 500 pessoas para manter e tomar conta das máquinas».

Negociações na China

O responsável lembrou que as conversações entre o gestor judicial da Qimonda, Michael Jaffé, e os potenciais novos investidores «decorrem actualmente em Hong Kong, na China, nomeadamente com a empresa estatal chinesa Inspur».

Martin Welzel disse não saber qual é «o ponto da situação actual das negociações» e quando questionado sobre os 150 milhões de euros que a empresa-mãe tirou a Portugal, segundo noticiou hoje o «Jornal de Negócios», remeteu para o porta-voz do gestor judicial da Qimonda, Sebastian Brunner, que ainda não foi possível contactar.

«Esperemos que haja uma evolução positiva nas negociações para encontrar novos investidores para que os trabalhadores possam começar a trabalhar novamente nestas instalações, e para que o modelo criado, em conjunto com Portugal, Saxónia e o potencial investidor, resulte», salientou. «É esse a nossa grande esperança», acrescentou.

Por sua vez, o coordenador do sindicato de metalúrgicos de Dresden, Willi Eisele, também disse à Lusa não saber como estão a decorrer as conversações para encontrar potenciais novos investidores.

«Não estamos envolvidos no processo, pelo que não sabemos de nada. É muito difícil obter informações sobre como este processo esta a decorrer», disse.

«Apesar de as máquinas não estarem a produzir, não podem simplesmente ser desligadas e têm de se mantidas», precisou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados