Combustíveis e transportes sobem acima da inflação em 2008

O impacto da escalada do petróleo é mais imediato nos combustíveis. E disso, sabem os portugueses, que têm sentido na pele (que é como quem diz no bolso) os sucessivos aumentos de preços desde a liberalização do sector.

Ora, embora para 2008 o Governo tenha abdicado de aumentar o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), (quer o aumento anual, quer o aumento intercalar de 2,5 cêntimos por litro, que estavam previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento), a verdade é que os consumidores não se devem livrar de novas subidas de preços.

O custo da gasolina e gasóleo vai depender dos mercados e os analistas são unânimes ao considerarem que o crude ainda vai ficar mais caro. Mas há mais: para andar com o automóvel, vai pagar ainda mais. É que as portagens também vão aumentar, em média, 2,6%.

E para quem não tem transporte próprio, as notícias não são melhores: os bilhetes e passes sociais dos transportes públicos vão subir 3,9%.

Mas estes não são os únicos combustíveis que vão encarecer. Ainda durante este mês, foram anunciados outros aumentos. O gás de petróleo liquefeito (GPL) sobe 4,7%, o gás natural aumenta 1,2 a 5,96% no primeiro trimestre do ano novo e o propano canalizado sobe 4,3 a 5,2%. O butano (usado em botija nas cozinhas portuguesas) não vai escapar à onda.

Também mais cara vai ficar a electricidade, cujo aumento médio será de 2,9% em 2008.

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