Agricultura perdeu 17% das explorações em cinco anos - TVI

Agricultura perdeu 17% das explorações em cinco anos

Agricultor (arquivo)

O número de explorações agrícolas em Portugal caiu 17% entre 1999 e 2003, segundo o Eurostat, potenciando ainda mais um processo de ajustamento estrutural que já era evidente na década de 90 e foi particularmente ilustrado no recenseamento geral da agricultura, em 2001, noticia o «Público.»

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Os números do gabinete europeu de estatística mostram que, no Inverno de 2003, havia em Portugal um universo de 261.600 explorações agrícolas.

O processo de ajustamento estrutural é visível no facto de, ao decréscimo do número de explorações agrícolas, ter correspondido um aumento da dimensão de cada unidade de negócio. Em 1999, a dimensão média das explorações era de 11,9 hectares e, cinco anos mais tarde, segundo o Eurostat, tinha aumentado para 13,6 hectares. O departamento de estatística da União Europeia estima que a área total explorada para a agricultura em Portugal é de 3,6 milhões de hectares.

O aumento da dimensão média das explorações é um factor crítico da agricultura portuguesa, que continua muito longe (para baixo) dos indicadores europeus. Com mais de dois terços das explorações (69%) a funcionarem em áreas de dimensão inferior a cinco hectares, torna-se mais difícil gerar economias de escala e rentabilizar os meios disponíveis, o que tem como consequência uma quebra da competitividade dos produtos do sector. O Eurostat revela que apenas dois por cento das explorações agrícolas portuguesas têm mais de 100 hectares.

O universo agrícola nacional, ainda de acordo com o estudo do gabinete europeu de estatísticas - que elaborou perfis sectoriais para todos os países da União - ocupa 383 mil unidades de trabalho anual, o equivalente ao trabalho em pleno de 383 mil pessoas. O que, a este nível, afasta também Portugal das médias europeias é a estrutura etária nas explorações.
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