Baixa produtividade dos portugueses custa 22 milhões por dia à economia - TVI

Baixa produtividade dos portugueses custa 22 milhões por dia à economia

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Os custos laborais decorrentes da baixa produtividade significaram em 2004 para a economia portuguesa 8.143 milhões de euros, o que representa 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com as conclusões do «Estudo Proudfoot de Produtividade 2005».

Este estudo internacional sobre a produtividade nas empresas destaca ainda assim que a situação nacional é, em termos relativos, a melhor entre os 9 países abrangidos pelo trabalho da consultora. A investigação da Proudfoot Consulting abrangeu Portugal pela primeira vez este ano, embora já decorra há 5 anos noutros países europeus, Alemanha, Áustria, Espanha, França, Hungria, e Reino Unido, para além dos Estados Unidos da América e da Austrália.

A média de horas trabalhadas por trabalhador em Portugal (1.718 horas/ano) coloca o país no 5º lugar do ranking dos países que mais horas trabalham. Portugal é suplantado neste particular pelos EUA (1.819 horas/ano), Hungria (1.806 horas/ano), Espanha (1.798 horas/ano) e Austrália (1.758 horas/ano); os países que menos horas dedicaram ao trabalho são França (1.439 horas/ano), Alemanha (1.443 horas/ano), Reino Unido (1.621 horas/ano) e Áustria (1.498 horas/ano).

Por outro lado, o estudo da Proudfoot Consulting assenta nos custos médios por hora de trabalho na indústria transformadora: Portugal regista o custo mais baixo, com 5,17 euros, seguido da Hungria (5,80 euros), Espanha (12,96 euros), Austrália (17,40 euros), Reino Unido (17,58 euros). No topo da lista está a Alemanha, com 25,44 euros, seguido da Áustria (21,67 euros), dos EUA (18,79 euros) e da França (18,08 euros).

«A baixa produtividade laboral continua a ser um peso para as empresas portuguesas, que têm ainda muito caminho a percorrer neste domínio», refere Dário Lourenço, vice-presidente da Tracy & Proudfoot. «Os gestores nacionais devem consciencializar-se de que aumentar a produtividade é uma tarefa fundamental à qual se devem dedicar empenhada e directamente; não se trata de uma questão que se possa delegar», sublinha.

No conjunto dos países analisados pela Proudfoot, o número de dias considerados improdutivos ou desperdiçados pelos seus consultores, embora decrescente no tempo, ainda era em 2004 de 84 dias, ou seja 37% dos 225 dias de trabalho anuais.
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