BES não interfere na OPA ao BPI

«O BES tem esse direito, mas não o vamos fazer, porque o sistema financeiro é muito delicado e pelo respeito que temos pelos dois bancos e pelos nossos clientes. Não o devemos fazer por princípios éticos e profissionais», adiantou o presidente da Comissão Executiva do BES, Ricardo Salgado, à margem da Assembleia-geral de Accionistas do banco que decorreu hoje, quando confrontado pela possibilidade de o banco interceder perante a Autoridade da Concorrência sobre a OPA.

Ricardo Salgado relembrou ainda que «nós achávamos que o sistema financeiro já estava muito concentrado, mas que havia espaço para mais concentrações». Contudo, frisou que «depende da forma como a operação for feita, vamos ver».

O responsável finalizou acrescentando que os fundos de pensões do BES estão presentes no capital dos dois bancos, sendo que «já estão a ganhar».

BES solidário com administração da PT

O BES está «solidário com a administração cessante da Portugal Telecom e com a nova administração», adiantou hoje Ricardo Salgado.

Quando confrontado se se revia nas medidas anti-opa propostas pela administração da operadora para se defender da OPA lançada pela Sonae, o responsável adiantou que «gostava de ter uma opinião sobre essa matéria».

«È uma matéria jurídica muito delicada, logo não temos uma opinião ainda», acrescentou.

Recorde-se que o BES é o terceiro maior accionista da PT, com 8,36% do capital social da operadora.