Bruxelas deverá rever em baixa crescimento da Zona Euro em 2005

Fonte da Comissão Europeia disse à agência «Lusa» que a revisão em baixa do crescimento económico da Zona Euro em 2005, de 1,6 (previsões de Primavera) para 1,2 ou 1,3%, não significa uma deterioração da conjuntura económica.

A mesma fonte explica que no segundo semestre a situação «melhorou significativamente», depois da desaceleração verificada nos primeiros seis meses do ano.

Na primeira metade do ano, a conjuntura económica foi negativamente afectada pelo aumento do preço do crude, pela diminuição do comércio mundial e pela desaceleração do consumo e investimento europeu.

A mesma fonte sublinha que no segundo semestre se verifica uma melhoria da confiança dos empresários e consumidores, o aumento do consumo interno e a diminuição do desemprego, factores que ajudam a justificar a aceleração da economia europeia na segunda metade do ano.

O comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos e Monetários, Joaquin Almunia, afirmou segunda-feira que o crescimento económico na União Europeia «deveria acelerar» na segunda metade do ano e atingir o seu potencial no ano que vem (cerca de 2% do PIB).

As expectativas de aceleração da actividade económica do responsável europeu foram confirmadas terça-feira pelo organismo responsável pelas estatísticas europeias, Eurostat, que anunciou um crescimento do PIB de 0,6% no terceiro trimestre, depois de uma expansão de 0,3% no segundo trimestre.

A retoma europeia esperada deverá influenciar o aumento de actividade em Portugal, pequena economia muito dependente da evolução dos seus principais parceiros comunitários.

As previsões que Bruxelas fizer para a economia portuguesa serão comparadas com as feitas terça-feira pelo Banco de Portugal, que estima para o corrente ano um crescimento de 0,3%, abaixo dos 1,3% registados em 2004.

A Comissão Europeia previa em Abril, aquando da apresentação das Previsões de Primavera, um crescimento de 1,1% da economia portuguesa em 2005.