Défice das administrações públicas cresce 38% - TVI

Défice das administrações públicas cresce 38%

Portugal

As necessidades líquidas de financiamento das Administrações Públicas até Setembro de 2005 agravaram-se 38% em termos homólogos (face ao mesmo período do ano anterior), indica o boletim estatístico do Banco de Portugal.

As Administrações Públicas agregam os subsectores Estado, serviços e fundos autónomos, administração regional e local e fundos da segurança social.

Estes saldos correspondem à diferença entre o crédito obtido e os depósitos e aplicações em títulos, com excepção das transacções efectuadas pelo Estado e pela administração regional e local em acções e outras participações emitidas por residentes.

O documento, divulgado agora no endereço electrónico da instituição, indica que nos primeiros nove meses do ano, as Administrações Públicas endividaram-se em 7.280 milhões de euros, um agravamento mensal de 26,9% e homólogo de 38%.

O valor registado no final de Setembro equivale a 52% do de Dezembro de 2004.

Uma abordagem mais desagregada mostra que o saldo negativo da Administração Central - que junta os subsectores Estado e serviços e fundos autónomos - agravou-se 43,6% homólogos para 8.210 milhões de euros.

Este défice resulta da conjugação do défice do subsector Estado, que aumentou 27,6% para 7.215 milhões de euros, com o dos serviços e fundos autónomos, que se agravou 1.506,5% para 996 milhões de euros.

A administração regional e local inverteu o excedente que apresentava em Setembro de 2004, no montante de 55 milhões de euros, para um défice de 192 milhões de euros.

Isto ficou a dever-se em particular à administração local, que passou de um excedente homólogo de 126 milhões de euros para um défice de 171 milhões.

A administração regional, por sua vez, aumentou o seu défice em 70,4% para 71 milhões de euros.

Por sua vez, os fundos de segurança social aumentaram o seu excedente em 191,7% homólogos para 1.123 milhões de euros.

A dívida directa do subsector Estado, já relativa a Outubro, ascendeu a 99.371 milhões de euros - depois de ter ultrapassado os 100 mil milhões de euros em Setembro em 207 milhões -, mais 11,6% homólogos e menos 0,8% em relação ao mês anterior.
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