As empresas produtoras têm resistido à ideia de financiarem outros sectores, mas o Governo não foi sensível aos argumentos, alegando que será a base de dinamização de um novo pólo industrial no país: a medida consta do caderno de encargos e pesará na avaliação - quanto maior a contribuição anual proposta para o referido fundo, melhor a ponderação do consórcio.
O fundo para a inovação faz parte de um conjunto de obrigações que as empresas temiam verificar-se no novo concurso, a par de outras como a não actualização de tarifas na fase de desenvolvimento do investimento, com o petróleo em escalada de preços, a exigência de 20 por cento de capitais próprios e de garantias bancárias que chegam aos 100 milhões de euros. «São cláusulas boas para a banca, não para as empresas», comenta um dos investidores. A estas condições, o sector junta ainda a arbitrariedade dos prazos de licenciamento a que tem sido sujeito.
Hoje, as empresas esperam ouvir respostas a estas questões, quando o Ministério da Economia e Inovação anunciar o novo concurso internacional, a lançar até ao fim do mês, para a produção de mais electricidade através de energia eólica. Para o final do ano será realizado um segundo concurso nacional para lotes de pequena dimensão. Os dois concursos terão até um total de 1.700 megawatts (MW).
Empresas eólicas vão pagar fundo para a inovação
- Redação
- AM
- 18 jul 2005, 09:43
O Governo vai aproveitar o novo concurso de atribuição de licenças de produção de energia eólica para constituir uma das fontes de financiamento do plano tecnológico, sob a forma de um fundo para a inovação e que pode ultrapassar 100 milhões de euros, noticia o «Público.»
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