Galp conclui compra de negócio da Shell em Moçambique

A Galp Energia concluiu o processo de aquisição dos negócios de distribuição de produtos petrolíferos da Royal Dutch Shell em Moçambique, anunciou a empresa portuguesa em comunicado.

A operação, que tinha já sido anunciada no passado dia 6 de Maio de 2008, representa um volume de vendas de 20 mil m3 por ano e inclui 7 estações de serviço.

Após esta aquisição, as vendas totais da Galp Energia naquele país ascendem a aproximadamente 90 mil m3, equivalente a uma quota de mercado de 14%.

«Esta aquisição insere-se na estratégia da Galp Energia de reforçar a sua presença em África, aproveitando as excelentes relações de que goza no continente africano na actividade de exploração e produção e possibilitando colaborações futuras na área dos biocombustíveis», refere ainda o mesmo comunicado.

Em conjunto com as aquisições em curso dos negócio de distribuição de combustíveis da Royal Dutch Shell na Suazilândia e na Gambia, esta aquisição permitirá um aumento de 45% nos volumes de vendas da distribuição de produtos petrolíferos e uma maior diversificação geográfica em África, com quotas de mercado que variam entre os 15% e os 40%, e permitirá ainda desenvolver os seus negócios nos eixos de Moçambique-Suazilândia e Cabo Verde-Guiné-Bissau-Gâmbia. O foco regional da Galp Energia em África inclui ainda uma terceira área que será desenvolvida a partir de Angola.

Adicionalmente, e «porque a transacção se realiza por via da venda de participações, todos os contratos e acordos comerciais existentes, bem como os contratos de trabalho em vigor, manter-se-ão válidos».

Actualmente, a Galp Energia está presente na actividade de distribuição de produtos petrolíferos em África, nomeadamente Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau e Moçambique. Em 2007, as vendas da actividade internacional cresceram 38%, para os 369 mil metros cúbicos, nos segmentos de retalho, grossista, GPL e lubrificantes, mantendo a tendência de contribuição positiva para os resultados verificada nos últimos anos.

As acções da petrolífera fecharam a ganhar 3,26% para os 12,49 euros.