Governo apela a entendimento entre TAP e trabalhadores - TVI

Governo apela a entendimento entre TAP e trabalhadores

TAP

Contexto difícil de sucessivos aumentos dos combustíveis

O ministro Mário Lino espera que haja um entendimento entre a administração e os trabalhadores da TAP em relação ao futuro da empresa, num quadro difícil de aumento dos preços dos combustíveis, disse, na conferência que ocorreu após o Conselho de Ministros.

As declarações do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações foram feitas a propósito das paralisações na TAP por ausência de revisão salarial dos trabalhadores da empresa, refere a «Lusa».

Mário Lino começou por frisar que está perante «uma matéria de natureza empresarial e, como tal, essa mesma matéria deve ser conduzida pelos órgãos da empresa, mas com o natural acompanhamento por parte do Governo».

Depois, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações referiu-se aos efeitos que estão a ter os sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis nas empresas de transportes aéreos.

«A companhia de transportes aéreos, como qualquer outra do ramo, está a ser muito afectada pelos aumentos dos preços dos combustíveis, o que gera situações complexas ao nível da gestão da empresa. É natural que a administração da TAP tenha de encontrar formas para minimizar os impactos desse aumento dos combustíveis», defendeu.

Linha de acção da TAP não se deve deixar afectar por estas questões

Segundo o membro do Governo, a linha de actuação da TAP «está bem definida e não deve ser afectada por este tipo de questões».

«A TAP é uma companhia que queremos que se vá consolidando cada vez mais, que aumente a sua actividade e que invista em novas rotas, alargando a sua implantação e movimento», acrescentou.

Mário Lino referiu-se ainda à possibilidade de a prazo poder haver despedimentos, caso a situação financeira da companhia se degrade em consequência dos aumentos dos combustíveis.

«Em relação a todas as soluções para travar o aumento dos preços dos combustíveis, o Governo considera que há uma escala de prioridades. Nesse sentido, as soluções que passem pelo despedimento de trabalhadores devem ser sempre de último recurso», advertiu, antes de reiterar que ainda há margem para o diálogo entre administração e trabalhadores.

«Há muito campo para se encontrarem soluções que minimizem os impactos e para que a administração da TAP, em conjunto com os trabalhadores, encontre as soluções para que a empresa continue a desenvolver-se», disse.

De acordo com o ministro com a pasta dos Transportes, a TAP realizou recentemente duas operações (a resolução do problema da Groundforce e a aquisição da Portugália) que «só foram possíveis porque a empresa tem consolidado a sua sustentabilidade e por dispor de uma estratégia clara de expansão».
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