Investimento português em tecnologia deve crescer 7,8%

O estudo da IDC sobre o mercado de TI em Portugal prevê que a despesa em tecnologias da informação cresça 8% este ano, para 2.645 milhões de euros, que compara com 2.450,6 milhões de euros no ano passado (acréscimo de 6,6% face a 2004).

Os dados da consultora especializada na área das tecnologias indicam que no ano passado o investimento em hardware cresceu 8,8%, para 1350,5 milhões de euros, e aumentará 10,4% em 2006, para 1.490,4 milhões de euros, em ambos os casos representando mais de 55% da despesa portuguesa em TI.

Segundo os dados da IDC, a despesa portuguesa em TI, que em 2005 representava 0,9% da despesa europeia nesta área, deverá aumentar o seu peso na despesa europeia em TI para 1% partir de 2009.

A IDC espera que no ano em curso a despesa em hardware represente 56,4% da despesa total em tecnologias da informação em Portugal, que a despesa em serviços tenha um peso de 29,9% e que o gasto em software signifique 13,7%.

A IDC admite que a despesa portuguesa em TI ascenda em 2009 a 3.309 milhões de euros, com o hardware a representar 59,4 por cento do total, os serviços 27,4% e o software 13,2%.

Gabriel Coimbra, director da IDC, explica que o mais forte crescimento previsto para a despesa em tecnologias da informação em Portugal para os próximos anos se relaciona com a necessidade de recuperar o atraso face à Europa naquele domínio.

Gabriel Coimbra alerta para o facto de se prever para Portugal um crescimento do investimento em hardware (7,8% ao ano em 2005/2009) muito superior ao dos serviços (3,6% ao ano) vai ter um impacto negativo na produtividade da comunidade utilizadora porque o reduzido investimento em serviços «corresponde a um fraco nível de definição estratégica e de planeamento».

Como principais tendências globais para o sector das tecnologias da informação e comunicações (TIC) em 2006, a IDC identifica a continuação do processo de convergência (fixo/móvel, voz/dados e analógico/digital), a persistência de um crescimento moderado, a reformulação e redimensionamento das empresas fornecedoras, com aquisições de empresas de menor dimensão e fusões.

Aponta, ainda, para uma prevalência de mais tecnologias na oferta de serviços às empresas e aos consumidores, a continuação da evolução da oferta de software e serviços de TI e alterações disruptivas em vários modelos de negócio.