Juros do crédito habitação na CGD mais caros a partir de hoje - TVI

Juros do crédito habitação na CGD mais caros a partir de hoje

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Os juros já começaram a subir e os portugueses vão começar a pagar prestações mais elevadas quando contratarem um novo crédito para comprar casa. Quem já tiver um crédito à habitação vai igualmente começar a sentir, embora de uma forma gradual.

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Segundo a edição desta terça-feira do «Diário de Notícias», ao fim de quase dois anos e meio sem alterações, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) decidiu subir as taxas de juro para os novos contratos a realizar em Novembro em um quarto de ponto percentual, ou seja, os valores vão variar de um mínimo de 3% e um máximo de 4,5%, quer o cliente beneficie de um spread mínimo (0,5 pontos) ou da margem máxima (1,5 pontos). Nos últimos 29 meses, estes valores situaram-se entre os 2,75 e os 4,25%.

Esta é a consequência directa da subida registada pela Euribor a seis meses, o indexante mais usado no crédito à habitação, no último mês. Com efeito, em Outubro, o valor médio da Euribor a seis meses situou-se em 2,2720%, pelo que a CGD arredonda ao quarto de ponto percentual acima, ou seja, aos 2,50%, valor ao qual é posteriormente aplicado o spread aplicado aos novos contratos.

Para quem já possui um crédito à habitação e vê a sua taxa revista semestralmente, começará a sentir os efeitos da subida das taxas na próxima revisão, se esta tendência se mantiver. Só a título de exemplo, quem viu a sua taxa revista nos seis meses terminados em Outubro ainda beneficiou de uma ligeira descida da prestação. Mas quem for contratar o seu empréstimo a partir de hoje terá que desembolsar mais 4% de prestação do que pagaria se assinasse a sua escritura durante o mês de Outubro.

De acordo com uma simulação efectuada pelo DN, tendo em conta um empréstimo de 150 mil euros, pago durante 44 anos, para um casal com um filho e um rendimento anual de 35 mil euros, se lhe fosse aplicada a taxa de juro mais elevada do mês passado (4,25%), ficaria a pagar 628,43 euros por mês. Se o mesmo empréstimo for já contratado com os juros máximos fixados para Novembro (4,50%), o mesmo casal pagaria de prestação 652,99 euros. A subida de juros decidida agora pela CGD indicia a inversão de um ciclo de baixas taxas de juro na Europa. Desde há seis décadas que os juros europeus não estavam a um nível tão baixo. Os principais bancos de investimento e especialistas do sector estão convencidos que o Banco Central Europeu deverá aumentar as taxas de referência para o mercado até ao final deste ano, ou o mais tardar, no primeiro trimestre de 2006.
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