Lista das escolas a fechar só depois aulas começarem - TVI

Lista das escolas a fechar só depois aulas começarem

Escolas fechadas

O Ministério da Educação vai divulgar a lista definitiva das escolas que vão fechar a 15 ou 16 de Setembro, depois de as aulas começarem, apesar de as negociações com as autarquias terem terminado há três meses.

«'Essa listagem só será conhecida por volta do dia 15 ou 16 de Setembro' (depois de as aulas começarem)», afirmou ao Diário de Notícias o adjunto da ministra da Educação, Ramos André.

O responsável disse ainda ao jornal que as negociações com as câmaras municipais terminaram «há três meses», mas isso «não quer dizer que a lista esteja fechada».

Há escolas que ainda estão a fazer obras para criar condições para receber os alunos e só «no final da primeira semana de aulas se poderá dizer quais foram as escolas que encerraram porque também só nessa altura se saberá se as alterações ficaram prontas», explicou Ramos André ao DN.

O adjunto da ministra da Educação disse ainda ao jornal que serão «as autarquias a dizer aos pais quais as escolas do concelho que vão fechar».

De acordo com o responsável, não faz, por isso, sentido as queixas de falta de informação dos pais e dos sindicatos porque a «lista não é nenhum segredo, só não está fechada».

Contactada pelo DN, a Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (Ferlap) acusa a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, de estar a «jogar o jogo do silêncio».

«A informação que tentámos recolher foi-nos sempre sonegada. O director-regional de Educação de Lisboa disse-nos que a ministra não quer dar essa informação», afirmou António Castela, presidente da Ferlap.

Para o responsável, as consequências são óbvias: «Muitos pais não sabem onde vão deixar os filhos no primeiro dia de aulas».

Por seu lado, Emília Bigote, da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), garante ter ouvido a ministra Maria de Lurdes Rodrigues dizer numa reunião que «o despacho com a lista final das escolas a encerrar estaria a sair».

Em declarações ao DN, Francisco Almeida, do Sindicato dos Professores da Região Centro admite que «cerca de uma centena» das 1460 escolas sinalizadas-por terem menos de 20 alunos, maus resultados ou falta de condições-vão acabar por manter as portas abertas por mais um ano.

«Nalguns casos porque os municípios rejeitaram a medida e em outros porque não foi possível encontrar uma alternativa entre as 800 escolas de acolhimento, muitas delas ainda à espera das obras prometidas», indica o jornal.
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