Litoral alentejano com investimentos de 1.100 milhões de euros - TVI

Litoral alentejano com investimentos de 1.100 milhões de euros

Alentejo

O Litoral Alentejano é uma das regiões em que mais se deverá apostar a nível turístico no País.

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A consultora imobiliária internacional Cushman&Wakefield prevê que em pouco mais de uma década a faixa costeira entre Tróia e Sines seja um novo destino turístico nacional consolidado. O primeiro projecto a obter autorização, lembra, foi o Tróia Resort da Sonae, que prevê a instalação de 6.300 novas camas, a que se seguiu a aprovação em Melides da Herdade do Pinheirinho, com 3.000 camas, e do projecto Costaterra, com 2.100 camas.

O último de quatros projectos estruturantes para o litoral alentejano é o do Grupo Espírito Santo na Comporta, que aguarda ainda aprovação. Nos três projectos já aprovados para esta zona está previsto um investimento de mais de 1.100 milhões de euros e cerca de 12.000 novas camas.

«A orientação dos projectos para o Litoral Alentejano permite vislumbrar o enfoque num turismo sustentável, dirigido a um público internacional sofisticado, de elevado poder de compra, o que contribuirá para recuperar a imagem de Portugal como destino turístico internacional de qualidade», explicam.

Lisboa com excesso de hotéis

O aumento do número de hotéis em Lisboa nos últimos anos levou a um aumento da concorrência e a uma queda da taxa de ocupação, bem como a uma diminuição dos preços.

«Desde 2003 abriram 8 novos hotéis em Lisboa, representando mais 1.900 quartos. Estas condições do mercado conduziram às guerras de preços entre hotéis, numa tentativa de ganho ou manutenção de quotas de mercado e acentuando ainda mais a diferença de preços médios ao nível europeu. Apenas o crescimento do número de turistas permitiu uma manutenção da taxa de ocupação média e evitou maiores quebras de rentabilidade no sector», refere a Cushman&Wakefield no seu relatório da Primavera sobre o mercado imobiliário nacional.

«É nossa convicção que a pressão negativa nas margens irá impor uma redução no investimento de manutenção/substituição, o que poderá vir a condicionar a competitividade futura de algumas unidades».

O mercado imobiliário hoteleiro reflecte as dificuldades sentidas na operação, «tendo-se assistido a um decréscimo real do valor dos activos, facto que tem adiado a concretização de negócios e a restruturação das carteiras dos investidores», referem.

Promoção governamental e aumento das low-cost trazem mais turistas

Apesar disso, mantém-se uma forte procura por parte de investidores nacionais e, sobretudo, internacionais (com destaque para os espanhóis), no entanto exigentes quanto ao preço.

«As perspectivas de evolução do mercado são mistas. Por um lado prevê-se o crescimento de turistas, devido à aposta governamental no sector de turismo, como são um exemplo o Plano de Promoção da Área Promocional de Lisboa e o aumento de companhias áreas low cost com Lisboa como destino. Por outro lado, perspectiva-se a continuação do crescimento da oferta, o que adiará a retoma dos preços médios prolongando a estratégia de redução de custos», conclui a consultora imobiliária.
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