Lucros da participada da EDP em Macau descem para 40 milhões - TVI

Lucros da participada da EDP em Macau descem para 40 milhões

EDP

A Companhia de Electricidade de Macau (CEM), participada da EDP, fechou 2006 com lucro de 396,6 milhões de patacas (cerca de 39,6 milhões de euros), uma quebra de 26 milhões de patacas (2,6 milhões de euros) face a 2005.

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De acordo com uma nota da empresa divulgada após a Assembleia-Geral de accionistas, ao longo de 2006 a CEM «registou uma quebra» de receitas de 183 milhões de patacas (18,3 milhões de euros) face a 2005 devido à diminuição em cerca de 15 por cento da cláusula automática de ajustamento das tarifas ao preço do combustível.

A CEM utiliza na produção de energia o fuelóleo cujo preço médio ao longo de 2006 aumentou cerca de 20 por cento, sustenta a empresa.

Relativamente a 2005 as vendas da CEM aumentaram 12,5 por cento para 2.368,7 GWh «impulsionadas» pelos sectores do comércio, hotelaria e jogo apesar da perda de peso dos sectores residencial e industrial no volume das vendas.

Ao longo do ano passado a CEM importou do continente chinês 964,5 GWh de energia contra os 340,8 GWh de 2005 e produziu com os seus meios 1.557,6 GWh contra 1.913,9 GWh em 2005.

Em termos de investimento a CEM gastou 554 milhões de patacas (55,4 milhões de euros) em vários projectos sendo que a rede de transmissão e distribuição absorveram 62 por cento do total.

Numa entrevista recente à agência Lusa, o presidente da Comissão Executiva da Companhia de Electricidade de Macau, Vaz Marcelino, disse que em 2007 o consumo de energia deverá aumentar 15 por cento e que a dependência energética do continente chinês deverá atingir entre 40 e 45 por cento.

A dependência energética de Macau perante o continente chinês poderá registar, contudo, uma ligeira diminuição a partir do final de 2007 quando for possível utilizar na central de ciclo combinado de Coloane, que tem uma capacidade de 135 MW, o gás natural que deverá estar disponível em Outubro deste ano no território.

"Mas esta ligeira diminuição será rapidamente absorvida pelo aumento do consumo anual e em pouco tempo a dependência energética de Macau face ao exterior poderá rondar os 50 por cento", Vaz Marcelino que espera ainda investimentos de cerca de 600 milhões de patacas para o corrente ano.

A CEM foi criada em 1972 para fornecer, de forma fiável, energia eléctrica a Macau e é actualmente controlada por um grupo sino-português liderado pela EDP e por um grupo sino-francês, ambos com 42 por cento do capital da empresa.

A China Power Incoporated, que detém seis por cento, o Governo de Macau com 7,8 por cento e pequenos investidores que representam 2,2 por cento do capital são também accionistas da empresa.
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