ONI reduz prejuízos para 118 milhões - TVI

ONI reduz prejuízos para 118 milhões

ONI (logotipo)

A ONI obteve, em 2005, prejuízos de 118 milhões de euros, um agravar das perdas em 10% face aos resultados de 2004, onde havia alcançado um resultado líquido negativo de 131 milhões de euros, anunciou a empresa em conferência de imprensa.

«Todos os objectivos traçados para o segundo semestre de 2005 foram alcançados», congratulou-se Diogo da Silveira, o CEO da empresa de telecomunicações. Foram captados 19.100 novos clientes, acima dos 18.600 esperados e foi feito o reforço da estrutura financeira, através da adequação do «prazo da dívida ao nosso modelo de negócio. O Prazo agora é de dez anos», adiantou o responsável.

Foi ainda alcançada uma redução dos custos «superior a 20% graças ao outsorcing. Foram ainda reduzidos 127 colaboradores, dos quais 40% graças aos serviços externos».

«A dívida foi reduzida em cerca de 470 milhões de euros, graças à venda da Comunitel, ao aumento de capital e à reestruturação da dívida», passando agora para os 300 milhões de euros, adiantou Diogo da Silveira.

O EBITDA cresceu 194% para os 19,3 milhões de euros, dos anteriores 6,6 milhões. Já os proveitos consolidados cresceram 4% para os 278,4 milhões de euros.

No que se refere ao negócio, o tráfego registou um crescimento de 7% no global em minutos, que se situa, no final de 2005, nos 2.313 milhões.

Os investimentos totalizaram 34,1 milhões de euros, um crescimento de 34% face a 2005, enquanto o cash flow foi negativo em 48 milhões de euros, face aos 54 milhões de euros de 2004.

ONI quer manter crescimento do segundo semestre

Para o corrente ano, a ONI pretende «manter o ritmo de crescimento do segundo semestre do ano, perído que correu particularmente bem para a empresa, segundo adiantou o CEO da empresa, Diogo da Silveira.

A empresa comprometeu-se assim a manter o ritmo de crescimento da captação de clientes de banda larga, a desagregação dos centros de banda larga, a redução dos custos operacionais não associados à captação de clientes e a continuação da política de outsorcing. «Ainda este semestre vamos anunciar um novo contrato», anunciou.

Sobre a renovação da rede, o CEO adiantou aos jornalistas que esta «está condicionada devido a um problema técnico, mas será feita por um preço equivalente a um décimo do que o que pagamos quando a lançamos.»

Relativamente à última aposta da empresa, o Powerline, Diogo da Silveira adiantou que «não é a salvação da ONI. Poderá ser complementar». No entanto, adiantou que este trabalho conjunto entre a EDP e a ONI ainda está ao nível dos testes.

«A mais ou menos curto prazo haverão ofertas de triple-pay. Quando o Powerline vier, se vier, vai apanhar com esse cenário. E nós estamos a testá-lo. Só fará sentido vir se aguentar a estrutura».
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