Dos operadores alternativos à PT, a Oni, do grupo EDP, e a recém-criada ARTelecom, de João Pereira Coutinho, insistiram na necessidade de separar as redes para garantir uma efectiva concorrência no mercado, enquanto o operador histórico voltou a defender que essa separação não faz sentido.
Apesar de elogiarem as medidas tomadas pelo regulador para o mercado das telecomunicações fixas este ano, a Oni e a ARTelecom continuam a pedir mais e melhor regulação, nomeadamente no que diz respeito à separação das redes cobre e cabo, mas também na distribuição de conteúdos e acesso a condutas.
«Não há excesso de regulação. As medidas que a Anacom tem tomado parecem estar no bom caminho, por isso não deve desacelerar o ritmo», afirmou João Carriço, da AR Telecom, no 15º congresso das comunicações, promovido pela APDC e que termina hoje em Lisboa.
Uma ideia defendida por Luís Garcia Pereira, administrador da Oni, que considerou que «quando há uma regulação efectiva aparece a inovação, que conduz a uma maior concorrência».
António Robalo de Almeida, director de regulação da Portugal Telecom, considerou, ao contrário, que há um excesso de regulação no mercado que «mata a inovação».
«Portugal está no topo em termos de regulação, intervindo no mercado grossista (ofertas da PT aos concorrentes) e no mercado retalhista (do consumidor final)», prejudicando a flexibilidade comercial da operadora, criticou.
O director voltou a defender que a separação das redes fixa e de cabo não tem fundamento e, a acontecer, representaria uma «machadada na confiança dos investidores em Portugal».
Operadores pedem decisão rápida da Anacom na separação das redes PT
- Redação
- Lusa/PGM
- 10 nov 2005, 15:42
Os operadores de telecomunicações portugueses Oni e ARTelecom pediram hoje à Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) para tomar rapidamente uma decisão sobre a separação das redes fixa e de cabo do grupo Portugal Telecom (PT).
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